segunda-feira, 25 de julho de 2011

Grupo de jovens da Igreja Evangélica Batista Nacional leva cobertores para os moradores de rua da cidade de São Paulo

Um grupo de jovens da Igreja Evangélica Batista Nacional, pastoreado pelo Pr. Mauricio de Abreu se uniu na madrugada gelada deste sábado, para levar cobertores aos moradores de ruas.

O ministério de jovens arrecadou em sua própria Igreja local donativos com os quais compraram diversos cobertores, e na madrugada de sábado, se juntaram em carros e foram encontrar moradores de rua que precisavam se aquecer do frio de 10° C de São Paulo.

Para Renato Albino, 29 anos, administrador de empresas, um dos jovens que participaram da ação social, disse que “a Igreja no geral está muito limitada em manter suas atividades religiosas aos domingos, precisamos ser Igreja fora da Igreja, fora das paredes”.

Luciano Pereira, formado em publicidade, 28 anos, conta que o que motiva ele a deixar o conforto de seu lar em uma madrugada fria é a palavra de Deus.

“Estou aqui, porque quero cumprir os mandamentos de Jesus, busco amar o próximo independente de sua situação”.

Segundo o último censo realizado pela prefeitura de São Paulo, existem hoje aproximadamente 13 mil pessoas vivendo atualmente nas ruas da cidade.

Na opinião de Erica Almeida, assistente social da ABCP (Associação Brasileira & Comunitária do Povo), uma entidade que trabalha na reintegração social de moradores de rua a sociedade, diz que muitas dessas 13 mil pessoas que moram nas ruas da capital, estão nessas condições por não terem familiares que os acolhem e os ensinem o valor da família, que é mais importante do que ter condições financeiras.

“Na rua conseguem dinheiro, alimento e não são cobrados a realizar tarefas diárias, lhe oferecem drogas e os colocam como auxiliar na venda de drogas e por não conhecerem o valor de uma família, passam anos nas ruas”.

A assistente social, Erica Almeida, conta ainda que no geral, são poucas as Igrejas que estão preocupadas com essa carência da sociedade, as que interagem buscando ajudar essas vidas, fazem isso também por estarem preocupada, como medo dessa situação chegar até os seus filhos e familiares.

“Muitos estão ajudando os moradores de rua, pois também correm o risco de ter seus familiares viciados em drogas por influência dessa situação”.

Erica Almeida, conta que falta albergue em São Paulo, pois a cidade conta com aproximadamente 7000 mil vagas em albergues da prefeitura, para atender mais de 10 mil desabrigados.

“Porém muitas pessoas não querem sair das ruas, por causa de uma falsa liberdade, não tem responsabilidades vivendo na rua, nem cobranças ou regras”.

A assistente social, formada pela PUC São Paulo, conta também que essa semana através da ABCP, encaminhou três moradores de rua para casas de recuperação, dentre essas três pessoas a vida de um senhor em especial o chamou sua atenção.

“Era um senhor de 58 anos, que viveu mais de 28 anos na rua e que só agora ele encontrou apoio para vencer suas dificuldades”.

Esse senhor não é natural de São Paulo, ficou muito feliz com o apoio e desde ontem está sendo assistido pela Casa de Recuperação Desafio Jovem, que fica na cidade de Mairiporã a menos de 50 km de Capital.


Fonte: Alan César no The Christian Post
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