quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Pastor metodista enfrenta julgamento da igreja para oficializar casamento do filho gay

Três dos quatro filhos do pastor são homossexuais

Pai de um rapaz homossexual, o pastor Frank Schaefer, da Igreja Metodista Unida de Iona (Estados Unidos), resolveu contrariar sua congregação e realizar o casamento do filho com uma pessoa do mesmo sexo.

O pastor de 51 anos contou para a agência The Associated Press (AP) sobre a mudança de suas prioridades e como concluiu que "ama muito seu filho e não poderia negar esta alegria", acrescentando que está preparado para ministrar todas as pessoas, "independente de quem eles são".

Schaefer recebeu o apoio de outros ministros metodistas, também afastados da posição oficial da igreja, sobre a homossexualidade ser incompatível com o Cristianismo.

"Se nós estamos operando sob o cargo de corações abertos, mentes abertas e portas abertas, não podemos fechar as portas para algumas pessoas", afirmou o Rev. David Brown, da Igreja Metodista Unida de Arch Street.

Mas apesar do apoio ao casamento, outros membros da igreja firmam sua posição contrária e argumentam que Schaefer e outros clérigos não devem ser autorizados a representar a igreja metodista, enquanto estiverem abertamente em desacordo com o que é ensinado.

"Eles [em defesa do casamento gay] estão em um sentido de renúncia ao processo que usamos, para determinar o que a igreja acredita sobre as coisas. Esta não é a forma adequada de lidar com divergências", afirmou Rev. Thomas A. Lambrecht, gerente de um grupo metodista norte-americano.

Ao se defender, Schaefer revela ter pensado na opção de evitar o julgamento ao discordar do casamento. Todavia, ele explica que não poderia tomar esta posição por conta do restante de sua família, onde três de seus quatro filhos são gays.

Por fim, ele destaca que tem ciência da importância do ministério em sua vida, mas não pode abrir mão de estar do lado do filho. "Eu me preocupo em perder minha credencial como pastor, mas eu estou disposto a perdê-la para um ato de amor", conclui Schaefer.




Fonte: The Christian Post
-----------------------