quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Para você que dá ofertas para programas evangélicos

Pessoal, um programa não se define evangélico por usar a Bíblia e falar de Jesus. Um programa não se define evangélico por mostrar 'curas e libertações'. Um programa não se define evangélico por pedir ofertas em nome do senhor. Uma obra realizada para Deus é realizada para glória de Deus. Quando há curas e libertação a pergunta feita é; "Quem te curou? e jamais; onde você foi curado?". Uma obra realizada para glória de Deus não perde tempo atacando a "concorrência", mas investe o tempo precioso e caríssimo na TV ou no rádio pregando o Evangelho de Jesus. 

Oferta é um ato de amor e fé dos que seguem Jesus, portanto não é preciso apelar para um discurso melancólico e derrotado para atrair a pena dos que assistem. Oferta se oferece pelo amor e jamais por ameaça e pragas "profetizadas" por pregadores irresponsáveis que garantem vantagens espetaculares para quem der mais. Isso é mentira! 

Programa evangélico de verdade não recorre à apelação para se manter no ar. Quando seus idealizadores são honestos e percebem que o custo é insustentável, retira-se do ar tal programação com uma explicação delicada e sincera. Isso é muito mais cristão que arrancar o couro dos desavisados em nome de Deus, recorrendo a argumentos absurdamente anti-bíblicos em nome da própria honra e vaidade. Cuidado com essa história de ofertar em "terra fértil". Muito cuidado!! A riqueza de uma igreja não define sua espiritualidade e comprometimento com Jesus. Laudicéia se dizia ser a igreja mais rica do pedaço, causou náuseas em Jesus. 

Povo de Deus, lembre-se do que disse o Senhor: "Muitos vão me dizer: profetizei em Teu nome, curei em Teu nome, expulsei demônio em Teu nome". Mas ouvirão do Senhor Jesus; apartai-vos de mim malditos para o fogo eterno“. É ora de acordar do sono da indolência e ouvir o que o Espírito diz a igreja e não o contrário. Jesus realizou obras gloriosas, mas nunca usou desse atributo para fidelizar os que O seguiam. Pelo contrário, vemos o Mestre pregando duramente contra a atitude de correr atrás Dele por causa das bênçãos e não por amá-lo. Irmãos queridos, em nome de Jesus, faça uma oração sincera ao Senhor e busque discernimento através da Palavra sobre enviar oferta para determinados programas de TV e Rádio. 

O rei Davi decidiu construir um templo para Deus, quem seria capaz de ir contra uma obra dessas? Deus. Deus foi contra e repreendeu o profeta Natã por colocar o Seu nome nessa conversa. O filho do rei construiu, mas Davi não teve autorização para isso. Tudo isso para alertá-lo sobre o dever de orar e pedir direção do Espírito para colocar um programa na TV, no Rádio e também para investir com sua oferta em programas que parecem evangélicos, mas não glorificam Jesus. Deus é um Deus sério. Uma coisa é falar de ofertas voluntárias, isso é bíblico e claro, oferta quem generosamente deseja. Outra coisa é implorar como mendigo desesperado a ajuda das pessoas fazendo do nosso Senhor um pedinte. Isso ridiculariza o povo sério de Deus. Talvez tua bondade coberta de ingenuidade esteja financiando esse comportamento lamentável desses líderes irresponsáveis.

Jesus ensinou que não devemos exibir aos homens nossa vida de oração, jejum e generosidade, isso é hipocrisia. Nos programas de TV fazem questão de mostrar que estão subindo ao monte para orar. Jesus nunca fez isso, quando curava chegava a pedir que não dissessem quem foi. Tudo para glória de Deus. Hoje o centro das programações não é Jesus, mas sim as "curas, os carros, os salários e apartamentos". Isso é de Deus? Onde? A glória fica para a igreja e seu líder. Idolatria pura. Querido, quando um pastor é sério e temente a Deus, estimula sem medo a igreja a estudar a Palavra com paixão. Quando um pastor é sério e temente a Deus, investe pesado em explicar o texto bíblico e adverte o povo a confrontá-lo a luz da Bíblia sem medo de nada. Igrejas que só vivem de "testemunho de coisas materiais" e sem a pregação expositiva das Escrituras não podem ser chamadas de igrejas cristãs. 

Jesus derrubou as mesas dos mercadores no pátio da igreja, hoje Jesus teria que subir nos púlpitos para desmantelar esse negocio. Há programas sérios sim, são poucos e sem muita visibilidade, pois anunciar o verdadeiro evangelho não costuma alavancar a audiência. Por fim, alguns programas que saem do ar não é culpa do diabo, às vezes é Deus mesmo dando livramento para o povo brasileiro. Na maioria dos casos de programas que não conseguem se manter no ar o diabo não é o vilão, na maioria das vezes é mau planejamento e precipitação. Claro que sempre vai sobrar pro diabo né.




Fonte: César Ferreira na Editora Ultimato
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