Nota: Esse depoimento quase trágico deixa algumas lições para os líderes cristãos: (1) nunca subestime a inteligência de uma criança (adolescente ou jovem) e nem trate suas dúvidas com desprezo ou superficialmente; (2) erramos quando dizemos apenas que a ciência está equivocada (o que pode ser verdade) e a religião, certa; devemos analisar ambas à luz dos fatos e procurar, quando possível, harmonizá-las, mostrando que ciência experimental é uma coisa e hipóteses e modelos científicos são outra; (3) é necessário que os líderes religiosos tenham certo aprofundamento em cultura geral e que admitam desconhecer algum assunto quando confrontados por perguntas específicas (isso é humildade); depois devem pesquisar a fim de dar respostas coerentes e satisfatórias; (4) o ser humano tem inclinação natural para a fé e está disposto a crer, mas a atitude de líderes religiosos e o testemunho de outros cristãos mais experientes podem aproximá-lo ou afastá-lo de Deus; (5) quando se afasta de Deus e de Sua Palavra, o ser humano não deixa de crer, simplesmente; ele coloca alguma coisa no lugar do vazio que ficou; no caso de Brown, foi o misticismo, que ele pensa derivar da ciência.
Se a igreja não tratar esse assunto com a seriedade que merece, muitos Dan Browns surgirão por aí. Talvez não tão famosos, influentes ou ricos, mas igualmente desnorteados.