domingo, 11 de abril de 2010

Congregação da Assembleia de Deus vira abrigo no Rio de Janeiro

A Guarda Municipal já arrecadou 15 toneladas de doações para as vítimas das chuvas (Foto: Divulgação/Guarda Municipal)

A Assembleia de Deus do bairro de Fonseca, em Niterói, virou abrigo às vitimas da tragédia no Morro do Bumba. O pastor Antônio Mesquita, líder da comunidade, afirma que passou no local 40 minutos antes do local onde o morro veio a baixo.

De acordo da Defesa Civil, ao menos 25 pessoas foram resgatadas com vida no local, entre elas oito crianças. Segundo os bombeiros, cerca de 50 a 60 casas foram atingidas neste desabamento no morro do Bumba. Nos cálculos dos bombeiros, chega a 85 o número de mortos no município de Niterói desde o início das chuvas, na segunda-feira, dia 05.

O Morro do Bumba está a 50m da congregação do Viçoso Jardim. Segundo relatos do pastor ao menos seis irmãos estão desaparecidos. Algumas pessoas choram em frente ao templo, já aberto, para receber desabrigados.

O dirigente Lenínvson Generoso acompanha tudo de perto. “As áreas do Projeto Crescer, do Patriarca Assistência Social (PAS), mantido pela nossa igreja, a AD em Fonseca, em Niterói, estão lotadas.” Ele relata que enquanto estavam no Projeto Crescer ele recebeu a notícia da queda do Morro do Bumba, em Viçoso Jardim, no Cubango, divisa com o bairro Fonseca, a cerca de 500m da Alameda, lado direito, no sentido Rio-Niterói.

A igreja abriga no Sítio das Oliveiras 46 adultos, 13 crianças, 1 idoso e 1 portador de necessidade especial; no Sítio Manancial, são 70 adultos, 30 crianças e 3 idosos. Ao menos 50% dos desabrigados não são membros da igreja. A igreja no Viçoso começou ontem à noite a receber desabrigados do Morro do Bumba.

Todos recebem alimentação, cobertores, colchões e roupas doadas por membros da igreja e comunidade. O trabalho é feito de forma fraterna com membros da comunidade. Um colégio ao lado do Projeto está com 96 pessoas. Dentre os abrigados, muitos perderam tudo: casa, utensílios, documentos, roupas…, outros estão com suas casas em risco de desabamento.

Hugo e João Gabriel, de 8 e 9 anos, atendidos pelo Projeto, mais um irmãozinho, morreram soterrados no Monte da Oliveiras, próximo ao Projeto. Na segunda-feira, os dois ficaram até mais tarde no Projeto por que aguardavam um padrinho, que levou chocolate aos dois irmãos.

Fonte: Creio
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