Como a coluna tem feito viagem no tempo para resgatar histórias do dérbi e de jogadores com passagem por Guarani e Ponte Preta, que tal a gente formar um combinado campineiro apenas com atletas que receberam nomes bíblicos, naturalmente por influência de pais religiosos?Como goleiro é escalado João Marcos, revelado pelo Guarani e que foi reserva de Neneca no final da década de 70. Eis aí um nome composto por homens que aparecem em cartas do Novo Testamento.
Na lateral-direita o jeito é improvisar o volante Ezequiel, que da Ponte Preta foi jogar no Corinthians nos anos 80. O lateral-esquerdo foi revelado nas categorias de base da Ponte Preta, caso de Lázaro, na década de 70. Ele sequer se firmou como titular em Campinas, transferindo-se para o Paulista de Jundiaí. Lázaro foi um personagem bíblico descrito como um amigo que Cristo teria ressuscitado.
Compõem a dupla de zaga dois jogadores já falecidos: Paulo e Samuel, de Guarani e Ponte Preta respectivamente. Paulo jogou no Bugre na década de 60 e depois se transferiu para o Santos. Samuel foi o melhor zagueiro de todos os tempos da Ponte e participou da campanha de acesso à divisão principal em 1969.
Na defesa, portanto, dois nomes de profetas: Samuel foi o primeiro dos profetas citado no Velho Testamento da Bíblia e juiz de Israel naquele período. Ezequiel foi outro profeta, enquanto Paulo narra em cartas do Novo Testamento a sua conversão ao cristianismo.
Que tal formar um meio-de-campo com Salomão, Elias, Davi e Isaiais? Na história bíblica, Davi e Salomão foram reis. Salomão foi um sábio deixando cartas bonitas no Velho Testamento. O Salomão do Guarani chegou precedido da fama de volante clássico, mas não conseguiu se firmar como titular em 1980. No entanto o baiano Davi, tido como um meia-esquerda só razoável, ficou marcado pelos bugrinos como jogador que decidia dérbis com o seu chute forte, de longa distância, na década de 70.
Elias e Isaias foram profetas no período antes de Cristo. O Elias boleiro é este que integra a Seleção Brasileira na Copa América e que em 2008 passou pela Ponte Preta. Quanto ao Isaias da Ponte Preta nos anos 80, foi um centroavante que não aproveitou as chances na equipe principal e seu passe acabou negociado.
O ataque desse combinado campineiro específico conta com dois jogadores polêmicos: André Catimba e Pedro Paulo.
André Catimba jogou no Guarani em 1976. Motivo do apelido? Por causa da malandragem em campo. Usava a habilidade para provocar adversários e com isso cavava expulsões. Foi bom jogador.
Pedro Paulo jogou na Ponte Preta em meados da década de 70 e nunca caiu no gosto geral da torcida. Na história do Novo Testamento da Bíblia, Pedro foi o discípulo que negou Jesus quando o galo cantou. André foi irmão de Pedro.
Fonte: Blog do Ari
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