sexta-feira, 8 de julho de 2011

O tempo que a vida dá

Hoje é o amanhã que tanto nos preocupava ontem.

Tempo. Contado em dias, leva mais tempo. Se, contado em anos, parece ser bem menos. Tempo. O minuto que passou foi esquecido no próprio tempo. Talvez tenha sido bem aproveitado. Talvez não.

O tempo cobra o preço da vida. Cobra em pequenos lotes de valores quase não percebidos. Mostram-se insignificantes no momento, porém, impagáveis na soma final da vida.

O tempo advém da vida. No instante que nascemos, adquirimos.
É o tempo que a vida dá. Dá, sem nenhum ônus. Mas cobra.
E a cobrança acontece pela própria vida.

O tempo que se dispõe, converte-se em muito, pouco ou nenhum tempo. Há quem tenha tempo para não ter tempo. Mas qual o segredo da vida e o tempo? Na tenra idade, o tempo parece caminhar lentamente, como se não tivesse pressa de chegar. A vida, ainda jovem, cobra mais velocidade do tempo, desejando ser adulto, maduro.

Na idade adulta, o tempo parece querer castigar. Torna-se apressado. Um dia tem bem menos que vinte e quatro horas. É a vida vivida de forma anacrônica.

Como já disse alguém: hoje é o amanhã que tanto nos preocupava ontem. Irremediavelmente lutamos contra o tempo. Um tempo de que dispomos por algumas décadas apenas. Bem contadinho, talvez se aglutine em 70, 80 ou 90 anos no máximo.

Tempo.
Cada um de nós tem o tempo que a vida dá.
Ou o tempo que adquirimos, como que em créditos. Aos poucos vamos utilizando esses créditos.

Qual é o seu tempo? Você já parou pra pensar no tempo que gasta do tempo?


Autor: Rodnei Cypriano
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