Grupo ateu argumenta que estátua viola princípio de separação entre Igreja e Estado, enquanto religiosos defendem memorial.
Eles o chamam de Big Mountain Jesus, ou Jesus da Grande Montanha: trata-se de uma estátua de 1,8 m de Cristo, envolto em um manto azul bebê, que observa o majestoso Vale Flathead de seu púlpito localizado em uma pista de esqui no Resorte Whitefish Mountain, em Montana.
Ele está lá há mais de 50 anos e foi erguido pelo grupo local dos Cavaleiros de Colombo em homenagem aos soldados da 10ª Divisão de Montanha que disseram ter visto santuários semelhantes nas montanhas da Itália durante a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945).
Esses dias, porém, a estátua de Jesus está no centro de uma batalha cada vez mais amarga sobre a legalidade de tais símbolos em terras federais.
Um grupo ateu diz que como o Big Mountain Jesus fica em propriedade que pertence ao Serviço Florestal, ele é uma violação do princípio constitucional de separação entre Igreja e Estado.
Depois de receber uma denúncia sobre a estátua, o grupo Freedom From Religion Foundation (Fundação Liberdade da Religião, em tradução livre), com sede em Wisconsin, pediu ao Serviço Florestal que revogue a autorização concedida aos Cavaleiros de Colombo para que mantenham a estátua no local.
"Isso é muito simples", disse Annie Laurie Gaylor, co-presidente do grupo. "A violação não se torna menos flagrante só porque ela acontece há muito tempo." Gaylor disse que ela não teria nenhum problema com a estátua, caso ela estivesse em uma propriedade privada.
Mas os defensores da estátua argumentam que ela deveria ser vista como um memorial militar, não como algo religioso, e apontam que o Serviço Florestal renovou a licença ao longo dos anos sem nenhum problema.
Hiram Sasser, um advogado que atua em nome do Liberty Group (Instituto Liberdade, em tradução livre), um grupo de defesa jurídico conservador, disse que como a estância de esqui já aluga grande parte da montanha do Serviço Florestal, o governo federal não tinha o direito de proibir a estátua simplesmente porque algumas pessoas podem não gostar dela.
"Quando o governo permite que sua propriedade seja utilizada para diversos fins, como uma estância de esqui, então ela a disponibiliza para a expressão pública, e eles não podem excluir um memorial com base em motivos religiosos", disse Sasser, cujo grupo está representando os Cavaleiros de Colombo na disputa judicial.
Pego no meio da controvérsia está o Serviço Florestal, que negou o pedido de renovação do uso em agosto com o fundamento de que não irá mais permitir qualquer memorial privado, de qualquer espécie, em área florestal nacional.
Mas depois do clamor que se seguiu e de uma determinação de que o local é elegível para inclusão no Registro Nacional de Lugares Históricos, o serviço decidiu reconsiderar e está aceitando opiniões públicas sobre a estátua.
"Essa é uma situação bastante singular", disse Jim Pena, vice-chefe do sistema nacional de florestas. "Por causa da importância histórica e cultural da estátua, nós vamos ter que rever a questão e descobrir o caminho certo."
Enquanto isso, o deputado Denny Rehberg, republicano de Montana, decidiu participar o debate, discursando em comícios em favor da estátua e propondo trocar o pedaço de terra que ela ocupa por uma parcela de propriedade da estância de esqui.
"Será que iríamos tirar as cruzes e estrelas de David do Cemitério de Arlington?" questionou Rehberg, que está concorrendo ao Senado. "Eu acho que não."
Riley Polumbus, porta-voz do Resorte Montanha Whitefish, disse que a estancia foi receptiva à sugestão. "Além de essa ser uma homenagem aos soldados da Segunda Guerra Mundial, é um marco na montanha", disse Polumbus. "As pessoas dizem, 'Me encontre no Jesus às 11h'. Esquiadores tiram fotos com ele, colocam roupas e colares de Mardi Gras sobre ele. "
Mas Gaylor da Freedom From Religion Foundation chamou a proposta de Rehberg de "absurda", dizendo que a terra do Serviço Florestal é de propriedade de todos os americanos e não deve simplesmente ser trocada por causa de um santuário religioso.
Ela disse que seu grupo recebeu uma enxurrada de emails ameaçadores por causa de sua posição sobre a estátua. "É muito importante que a direita religiosa não seja autorizada a manipular esta situação", disse.
Ambos os lados estão prometendo ir ao tribunal, dependendo do que for decidido.
Uma página no Facebook, Save Big Mountain Jesus (Salve o Jesus da Grande Montanha, em tradução literal), foi criada, e um protesto Ocupe Big Mountain aconteceu recentemente, com apoiadores realizando uma caminhada até a estátua em solidariedade à causa.
"Queremos que o povo de Wisconsin cuide de seus próprios problemas e nos deixe em paz com a nossa estátua", disse Michael Shepard, comandante da American Legion Post 108 em Whitefish, que ajudou a organizar as manifestações recentes.
Pena disse que o Serviço Florestal deve tomar uma decisão sobre a estátua no início de 2012.
Fonte: Último Segundo
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Eles o chamam de Big Mountain Jesus, ou Jesus da Grande Montanha: trata-se de uma estátua de 1,8 m de Cristo, envolto em um manto azul bebê, que observa o majestoso Vale Flathead de seu púlpito localizado em uma pista de esqui no Resorte Whitefish Mountain, em Montana.
Ele está lá há mais de 50 anos e foi erguido pelo grupo local dos Cavaleiros de Colombo em homenagem aos soldados da 10ª Divisão de Montanha que disseram ter visto santuários semelhantes nas montanhas da Itália durante a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945).
Esses dias, porém, a estátua de Jesus está no centro de uma batalha cada vez mais amarga sobre a legalidade de tais símbolos em terras federais.
Um grupo ateu diz que como o Big Mountain Jesus fica em propriedade que pertence ao Serviço Florestal, ele é uma violação do princípio constitucional de separação entre Igreja e Estado.
Depois de receber uma denúncia sobre a estátua, o grupo Freedom From Religion Foundation (Fundação Liberdade da Religião, em tradução livre), com sede em Wisconsin, pediu ao Serviço Florestal que revogue a autorização concedida aos Cavaleiros de Colombo para que mantenham a estátua no local.
"Isso é muito simples", disse Annie Laurie Gaylor, co-presidente do grupo. "A violação não se torna menos flagrante só porque ela acontece há muito tempo." Gaylor disse que ela não teria nenhum problema com a estátua, caso ela estivesse em uma propriedade privada.
Mas os defensores da estátua argumentam que ela deveria ser vista como um memorial militar, não como algo religioso, e apontam que o Serviço Florestal renovou a licença ao longo dos anos sem nenhum problema.
Hiram Sasser, um advogado que atua em nome do Liberty Group (Instituto Liberdade, em tradução livre), um grupo de defesa jurídico conservador, disse que como a estância de esqui já aluga grande parte da montanha do Serviço Florestal, o governo federal não tinha o direito de proibir a estátua simplesmente porque algumas pessoas podem não gostar dela.
"Quando o governo permite que sua propriedade seja utilizada para diversos fins, como uma estância de esqui, então ela a disponibiliza para a expressão pública, e eles não podem excluir um memorial com base em motivos religiosos", disse Sasser, cujo grupo está representando os Cavaleiros de Colombo na disputa judicial.
Pego no meio da controvérsia está o Serviço Florestal, que negou o pedido de renovação do uso em agosto com o fundamento de que não irá mais permitir qualquer memorial privado, de qualquer espécie, em área florestal nacional.
Mas depois do clamor que se seguiu e de uma determinação de que o local é elegível para inclusão no Registro Nacional de Lugares Históricos, o serviço decidiu reconsiderar e está aceitando opiniões públicas sobre a estátua.
"Essa é uma situação bastante singular", disse Jim Pena, vice-chefe do sistema nacional de florestas. "Por causa da importância histórica e cultural da estátua, nós vamos ter que rever a questão e descobrir o caminho certo."
Enquanto isso, o deputado Denny Rehberg, republicano de Montana, decidiu participar o debate, discursando em comícios em favor da estátua e propondo trocar o pedaço de terra que ela ocupa por uma parcela de propriedade da estância de esqui.
"Será que iríamos tirar as cruzes e estrelas de David do Cemitério de Arlington?" questionou Rehberg, que está concorrendo ao Senado. "Eu acho que não."
Riley Polumbus, porta-voz do Resorte Montanha Whitefish, disse que a estancia foi receptiva à sugestão. "Além de essa ser uma homenagem aos soldados da Segunda Guerra Mundial, é um marco na montanha", disse Polumbus. "As pessoas dizem, 'Me encontre no Jesus às 11h'. Esquiadores tiram fotos com ele, colocam roupas e colares de Mardi Gras sobre ele. "
Mas Gaylor da Freedom From Religion Foundation chamou a proposta de Rehberg de "absurda", dizendo que a terra do Serviço Florestal é de propriedade de todos os americanos e não deve simplesmente ser trocada por causa de um santuário religioso.
Ela disse que seu grupo recebeu uma enxurrada de emails ameaçadores por causa de sua posição sobre a estátua. "É muito importante que a direita religiosa não seja autorizada a manipular esta situação", disse.
Ambos os lados estão prometendo ir ao tribunal, dependendo do que for decidido.
Uma página no Facebook, Save Big Mountain Jesus (Salve o Jesus da Grande Montanha, em tradução literal), foi criada, e um protesto Ocupe Big Mountain aconteceu recentemente, com apoiadores realizando uma caminhada até a estátua em solidariedade à causa.
"Queremos que o povo de Wisconsin cuide de seus próprios problemas e nos deixe em paz com a nossa estátua", disse Michael Shepard, comandante da American Legion Post 108 em Whitefish, que ajudou a organizar as manifestações recentes.
Pena disse que o Serviço Florestal deve tomar uma decisão sobre a estátua no início de 2012.
Fonte: Último Segundo
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