sábado, 3 de dezembro de 2011

Enfrentando as dores da vida

Ouvindo isso, Jesus lhes disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores“. (Marcos 2:17)

É natural do ser humano querer fugir da dor. Já não gostamos quando as nossas começam a aparecer, quanto mais cuidar das dores dos outros.

Talvez seja por isso que muita gente fica estagnada na personalidade de uma criança. Não cresce, nem amadurece. A criança acha tudo divertido, o hoje parece não ter fim e mesmo em meio às lutas da vida, a criança consegue achar graça em tudo.

Mas quando crescemos, podemos aprender que as dores são de extrema importância para nosso amadurecimento, para que possamos enfrentar a vida com mais fôlego e com mais alegria.

Mas pela razão de termos um coração cheio de barreiras e preconceitos referentes à dor, acabamos ficando resistentes e, por vezes, indiferentes há algumas situações importantes que rodeiam nossa vida.

Agora, quero fazer a você algumas perguntas que tenho feito a mim mesmo:

- Você tem um amigo estável financeiramente e um que vive inconstante na vida, ainda sem direção. Qual deles você dá mais valor?

- Quando você vê um mendigo na rua, qual o sentimento sobe ao seu coração? Amor, compaixão ou indiferença?

- Você tem um amigo na igreja que vive tropeçando, por vezes, no mesmo erro. Você persevera em ajudá-lo ou joga-o no inferno, dizendo que não há mais jeito?

- Quando você vê alguém na próxima esquina pedindo esmola, você faz que não vê, desvia o olhar e fica indiferente ou vai em direção à pessoa e tem uma atitude de amor?

- Você espera mais das pessoas do que você pode oferecer a elas?

- Você tem se precipitado em julgar situações, mas não tem se proposto em ajudar a melhorá-las?

- Quando alguém erra com você, você julga a pessoa ou a atitude que ela teve?

- Você julga as pessoas pela aparência ou pelo seu caráter?

- Você está disposto a ter amizades com pessoas que não pensam ou se vestem como você?

- Quando alguém deixa de te olhar e você nem sabe o porquê, você deixa de olhar também ou vai até a pessoa para saber o que está havendo?

No versículo que citamos no início do texto (Marcos 2:17), Jesus deixa claro que não veio para os sãos, mas para os doentes. Que não veio para os justos, mas para os pecadores. Em outro texto (João 3:17), Ele mesmo diz que não veio para julgar, mas para salvar.

Por vezes, alinhamos a nossa vida da maneira mais cômoda possível. Nos acomodamos numa caixinha e dificilmente queremos saber ou conhecer algo ou alguém que esteja fora dela.

No entanto, penso que Jesus nos faz uma convocação a não somente dizermos que o conhecemos, mas legitimamente, andarmos com Ele andou e vivermos como Ele viveu.

Jesus nos convoca a ter parte em suas dores, em seus sofrimentos, em suas angústias, mas também em suas alegrias e, principalmente, em suas vitórias.

Jesus nos convoca a amarmos de forma incondicional aquele que está caído, que está tropeçando. Nos convoca a estarmos com a mente, corpo, espírito e bolso disponíveis para servir o próximo.

Jesus nos convoca a estendermos as mãos para auxiliar quem já perdeu as forças. Nos convoca a pensarmos de forma diferente, a não fazermos julgamentos precipitados das situações. Nos convoca a abraçarmos mais, a amarmos mais.

Jesus nos convoca a prática do perdão, da liberdade, da vida em abundância. Nos convoca a viver Seus princípios que, como resultado, trazem paz ao coração.

“Você só faz parte de um time se você vestir a camisa e estiver disposto a enfrentar tudo, sem olhar para trás. Por isso, não é possível que você conheça Jesus, seja apaixonado por Ele, e, ainda assim, não queira entrar em campo.”

Que você possa enfrentar as dores, as situações, e a própria vida de cabeça erguida, crendo que Ele está com você e jamais te desamparará. Que você possa entrar em campo, sem olhar para trás, excluindo a indiferença da sua vida, sabendo que o melhor de Deus, ainda está por vir.


Fonte: Junior Della Mea em seu blog
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