sábado, 3 de dezembro de 2011

Igrejas são chamadas a mobilizar população em favor do meio ambiente

As igrejas têm reserva moral para mobilizar as populações e liderar processos de mudança em favor da conservação do meio ambiente e da diminuição dos efeitos das questões climáticas.

A afirmação é do engenheiro agrônomo e ecologista Arno Kayser, ao falar, na segunda-feira, 28, sobre Mudanças Climáticas no Brasil durante o Seminário de Capacitação em Preparação e Resposta a Emergências, reunido em São Leopoldo.

Kayser lembrou que entre as causas apontadas para as mudanças do clima estão a erosão do solo, o desmatamento e a destruição da vegetação natural, as monoculturas agrícolas, os esgotos não tratados, a poluição industrial e a enorme produção de lixo.

Os números impressionam. "A quantidade de esgoto, no Brasil, chega a 32,4 milhões de metros cúbicos, o que representa mais ou menos 13 mil piscinas olímpicas cheias. O triste é que desse total, apenas 8,5 milhões de metros cúbicos são tratados", disse no encontro organizado pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD).

Para Kayser, as saídas terão que começar por uma mudança interna, que aos poucos vai se tornando uma mudança no mundo. Utilizar mais o transporte coletivo, consumir alimentos produzidos nas proximidades - são mais frescos e gastam menos com transporte - e consumir menos carne são algumas atitudes que podem contribuir para minimizar a situação atual, arrolou.

Com a criação da área temática Emergências, a FLD pretende contribuir para a capacitação de Sínodos e comunidades da denominação na prevenção e atuação em situações de desastres, afirmou o secretário executivo do organismo, Carlos Gilberto Bock.

O evento reúne, dias 28 a 30 de novembro, 50 pessoas, entre pastores sinodais e lideranças da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), além de representantes de organizações parceiras, como o Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA) e o Conselho de Missão entre Indígenas (COMIN). O evento recebe o apoio da Ajuda da Igreja da Noruega (AIN).


Fonte: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)
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