quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Lições extraídas da vida de Jó

"Então Jó respondeu ao Senhor: "Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Tu perguntaste: ‘Quem é esse que obscurece o meu conselho sem conhecimento? ’ Certo é que falei de coisas que eu não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber. "Tu disseste: ‘Agora escute, e eu falarei; vou fazer-lhe perguntas, e você me responderá’. Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza". (Jó 42:1-6)

Jó aparece na presença de Deus com adoração, humildade, e a experiência do perdão divino. A revelação da natureza divina dá para Jó uma clara consciência da sua pecaminosidade e uma dependência total da providência de Deus. Já o reconhece que as palavras e razão humanas não são suficientes para alcançar a Deus, o qual não tem termo de comparação, e abre, então, mão do debate desejado. Regozija-se com uma experiência pessoal de Deus, que lhe acrescenta aquele aspecto místico, piedoso, espiritual, que lhe faltava quando seu conhecimento de Deus era somente baseado nos ensinamentos, em que tinha sido treinado desde a mocidade. 

Neste capitulo, nós podemos entender claramente, a consciência que Jó tem da soberania e providencia de Deus.

Vamos observar o que ele fala sobre isto nos versículos que se seguem.

1- Ele reconhece na soberania de Deus, que todos os propósitos de Deus, cumprir-se-ão, em nossas vidas, sem que possamos de modo algum modifica-los.

1-1- A única possibilidade de tentarmos alterar os planos de Deus é através da oração, quando então, interferimos de maneira desagradável nos planos de Deus para nossa vida. Chegamos mesmo a adiarmos a vontade de Deus e muitas vezes provocamos situações embaraçosas, sem entendermos que o plano de Deus seria exatamente o oposto do que estamos querendo. O maior exemplo do que estamos falando, é o próprio Senhor Jesus; todos os planos de seu pai, para sua vida, foram inteiramente concretizados. Mesmo na hora da sua agonia, antes da morte, ele orou ao pai pedindo que se fosse possível, passasse dele aquele cálice de amargura, todavia que não fosse feita a sua vontade, mas que Deus cumprisse nele todo o seu propósito.

2- Ele reconhece que apesar de ser sevo de Deus, ainda não conseguia compreender, como homem que era os planos e propósitos divinos traçados para a sua vida e dos seus familiares. Diz que sem conhecimento, pronunciou palavras, pensou de forma errada, amaldiçoou-se sem razão, pediu a morte, pediu o esquecimento e anulação do dia em que nasceu. Só o fato de ter conversado com Deus, não lhe era suficiente para dizer que conhecia a Deus, era preciso uma experiência marcante em sua vida, o que ficou claro com todos os fatos que lhe sobrevieram.

3- Conseguindo então compreender o próprio Deus, e seus propósitos, ele agora se arrepende até se abomina no pó e na cinza, de ter falado daquilo que não entendia e confessa que eram coisas maravilhosas aos seus olhos, coisas essas que lhe eram ocultas.

Conclusão: Após o reconhecimento da soberania de Deus, Jó é agraciado por Deus com a restituição de seus bens em dobro. Isto nos prova que quando Deus executa o seu propósito em nossas vidas, ele está procurando o melhor para nós, mesmo que para isto nós tenhamos que sofrer aparentes perdas.



Fonte: Pr. Ubirajara Quintino - Igreja Evangélica Presbiteriana Ebenézer – Americana/SP
--------------------------------------------------