quarta-feira, 24 de junho de 2009

Respostas Bíblicas para Abusos Espirituais


Existem vários exemplos de abuso espiritual na Bíblia. No livro de Ezequiel, por exemplo, Deus descreve e condena os “pastores de Israel” que apascentam a si mesmos e não as ovelhas, que não cuidam das doentes, desgarradas e perdidas, mas dominam sobre elas com rigor e dureza (Ez. 34:1–10). Jesus reagiu com indignação contra os cambistas no Templo, que exploravam os fiéis, e também contra aqueles que se importavam mais com suas próprias interpretações da Lei do que com o sofrimento humano. Em Mateus 23, Jesus nos dá uma importante descrição dos líderes espirituais abusivos. Em Gálatas, Paulo argumenta contra aqueles que queriam impor um cristianismo legalista, subvertendo a mensagem do evangelho. Existem muitos outros exemplos na Bíblia.
Jesus Cristo era Deus encarnado, a segunda Pessoa da Trindade, o Criador do universo. Ele, obviamente, tem a mais alta e soberana autoridade espiritual. Ainda assim, Jesus não usou essa autoridade para subjugar seus discípulos, ele não abusou de sua autoridade para colocá-los sob o jugo de regras e regulamentos legalistas. Ao contrário, ele disse:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt. 11:28–30).
Jesus jamais procurava manter as aparências externas. Ele comia com publicanos e pecadores. Aos fariseus legalistas, Jesus aplicou as palavras de Isaías:
“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mt. 15:9).
Ele condenou sua atitude:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt. 23:27–28).
Jesus, ainda que ensinasse a Lei perfeita de Deus, colocava as necessidades legítimas das pessoas acima de regras ou regulamentos legalistas. Ainda que nenhum ser humano seja absolutamente perfeito nessa vida, podemos saber que já temos vida eterna.
Os fariseus eram um exemplo de líderes espirituais abusivos, veja: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mt. 23:23).
Jesus não era paranóico como os líderes abusivos. Seu ministério era transparente ao público. Ele não tinha nada a esconder. Jesus não só criticou os líderes religiosos por suas doutrinas errôneas, mas também, quando criticado, ele não os silenciou, mas deu-lhes respostas bíblicas e racionais às suas objeções.