Nunca foi tão evidente o esforço de alguns em transformar o Evangelho num gigantesco “anestésico” poderoso o suficiente para nos manter sedados, entorpecidos a ponto de não sentirmos mais nenhuma dor e de não termos mais nenhum problema. Mas esta banalização da palavra de Deus é muito mais grave do que costumamos imaginar.
A distorção não se limita a criação de uma falsa teologia segundo a qual todos devem ser prósperos. Ela vai além e nos impede de sentir a dor que o Senhor sente. A falsa teologia rouba muito mais do que o dinheiro de algumas ovelhas; rouba, na verdade suas lágrimas. As pregações, as campanhas, as estratégias de marketing… tudo… tudo criado para que você não sinta nenhuma dor. Mas precisa doer! Precisa doer muito!
Não dói?? Não dói quando você tantos aprisionados em suas depressões, em seus vícios? Não dói quando você vê famílias se destruindo? Não dói quando você vê a miséria consumindo nossas crianças?? Não dói?? Deveria doer! Deveria nos fazer romper num tempo de semeadura regada com nossas lágrimas!
“Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que espírito sois”. (Lc 9:55)
Tiago e João queriam enviar fogo dos céus para consumir os samaritanos que não haviam recebido o Senhor. Jesus deixa claro que eles ainda não haviam entendido de que espírito eram. Será que nós entendemos de que espírito somos? Não pedimos que o fogo dos céus venha, mas também não nos importamos se as almas dos que nos cercam serão salvas ou não… simplesmente não nos importamos… Se ainda não dói é porque não entendemos de que espírito somos.
Uma igreja que não chora pelos perdidos é uma igreja que optou por entregá-los à condenação!
Você vê os campos brancos? Você vê a grande colheita de almas? Não há como enxergá-las enquanto não virmos a igreja regando suas sementes com lágrimas.
“Avivamento não é descer a rua com um grande tambor; é subir ao Calvário em grande choro”. Roy Hession
Fonte: Blog do Aldric
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