sábado, 19 de dezembro de 2009

Equipe médica da Bahia retira quatro agulhas do corpo de menino de 2 anos



A equipe médica retirou, nesta sexta-feira (18), quatro agulhas do corpo do menino de 2 anos, após cerca de cinco horas de cirurgia realizada em um hospital em Salvador (BA). O procedimento foi considerado bem sucedido.

Foram retiradas duas agulhas que perfuraram o pulmão esquerdo e outras duas que ameaçavam o coração do menino. A operação começou por volta de 15h (horário local) e terminou por volta de 20h, informou a assessoria do complexo hospitalar.

A equipe médica teve que abrir o tórax da criança, para trabalhar num pulmão e no coração. O sangue foi bombeado com a ajuda de aparelhos. Pinças foram usadas para retirar as agulhas que comprometiam órgãos vitais.

Cinco médicos, ente cirurgiões, cardiologista e pediatras participaram do procedimento cirúrgico.

Parte da equipe médica que operou a criança disse que as agulhas estavam oxidadas e ofereciam risco de infecção para o organismo do menino.

A criança está com quadro estável, e foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, informou a assessoria.

Nova cirurgia

A equipe médica espera, agora, por resultados de novos exames e acompanham a evolução do quadro clínico da criança para definir à realização de uma nova operação, provavelmente na semana que vem. O objetivo da próxima intervenção cirúrgica é retirar agulhas do abdome, onde está concentrada a maior parte das dezenas agulhas inseridas no garoto.

"A segunda etapa deve ser a cirurgia no abdome, para retirada de agulhas que estão na bexiga e no intestino. Num terceiro momento será a retirada da agulha que está na coluna cervical", disse Roque Aras, diretor-médico do hospital.

Um novo boletim médico sobre o estado de saúde da criança será divulgado na manhã deste sábado (19).

Boletim médico divulgado antes da realização da cirurgia informava que o paciente estava estável, mas com febre, causada por uma infecção provocada pelas agulhas.

Ritual

De acordo com a polícia, o padrasto e duas mulheres são suspeitos de enfiar as agulhas no corpo da criança como parte de um ritual religioso. Os três estão presos. Segundo a polícia, o ex-padrasto do menino disse que comprava as agulhas para a suposta amante enfiar no corpo do garoto. Eles seriam orientados por uma religiosa. As duas mulheres negaram envolvimento.

Fonte: G1
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