sábado, 17 de julho de 2010

Dízimos, coisa de meninos na fé, que andam atrás de ventos de doutrinas

Através do evangelho de Cristo, não encontramos ordenança para se tomar o dízimo ou para se cumprir qualquer outro rito da lei mosaica (aquelas leis dadas por Deus a Israel através de Moisés, encontradas no Livro Levítico, que registra todas as leis e regulamentos a respeito de rituais e cerimônias, assim como em Deuteronômio, onde Moisés recapitulou todas as leis).

Jesus nos deu um Novo Mandamento, mandou pregar o Seu evangelho, ordenou amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, isto é, com caridade, e não estipulou percentual ou limite;

Em Mateus 10.42; o Jesus nos diz em dar pelo menos um copo de água fria;

Em Mateus 19.21; ao jovem rico Ele ordenou vender tudo e dar aos pobres;

Em Lucas 19.8,9; Zaqueu disse ao Mestre que daria até a metade de seus bens aos pobres, Ele, porém, não confirmou a necessidade desse procedimento; disse apenas: “Hoje veio a salvação a esta casa”.

Muitos saem em defesa do dízimo afirmando que é bíblico [Número 18.21-26]; certamente, como também é bíblico os outros mais de 600 preceitos da lei dada por Deus a Israel através de Moisés, como a circuncisão [Gênesis 17.23 -27], o sacrifício de animais em holocausto [Levíticos cap. do 1 até 6.8-13], a santificação do sábado [Levíticos 23.3], o apedrejar adúlteros [Levíticos 20.10 e Deuteronômio 22.22].

É bíblico, mas pela ordenança da lei que Moisés introduziu ao povo!

Então, porque hoje não cumprem a lei na sua totalidade, ao invés de optarem exclusivamente pelo dízimo?

Querem o dízimo porque é a garantia de renda líquida e certa todos os meses nos cofres das instiuições religiosos como nome de igrejas e enriquecimento de ministros!

O que também é bíblico, e o homem ainda não se conscientizou, é uma grande divisão existente na Palavra, separando a Velha Aliança do Novo Mandamento do Senhor Jesus; o qual testifica a doutrina para salvação [1Coríntios 15.1,2].

E certo é que, qualquer esforço para voltar a lei de Moisés (como dar dízimos conforme Malaquias 3.10) que Cristo desfez na cruz, é anular o sacrifício do Cordeiro de Deus e reconstruir o muro por Ele derrubado [Efésios 2.13-15].

Apocalipse 5.9: Porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de todas as tribos, e línguas, e povos, e nações.

Portanto, o preço pela nossa salvação, o Senhor Jesus Cristo já pagou o mais alto, com o Seu sangue inocente na Cruz. O Senhor ainda alerta: “Fostes comprados por bom preço, não vos façais servos de homens” [1Coríntios 7.23]; e viver acatando a doutrina dos dízimos para manutenção de templos religiosos é ser servo de homens!

O dízimo hoje é remanescente por razões óbvias, uma, pela contribuição dos que arcam com essa pesada carga tributária;

Outra presunção, vem por parte dos que são beneficiados pelos dízimos, esses incorrem no erro pela ausência de entendimento espiritual da Palavra de Deus, não diferenciando a lei dada a Israel por Moisés feita de ordenanças simbólicas e rituais com a graça e a verdade do Senhor Jesus Cristo, ou mesmo consciente da abolição dessa prática, assumem o risco dolosamente na desobediência a Palavra do Senhor.

Porém, seja por uma ou por outra razão, o homem querendo ou não, aceitando ou não, o dízimo como toda a lei cerimonial do Antigo Testamento, foi por Cristo abolida pela aspersão do Seu sangue na cruz do Calvário [Lucas 16.16, Romanos 10.4, Efésios 2.15, 2Coríntios 3.14, Hebreus 7.12,18,19].

“Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo com a ti mesmo” [Gálatas 5.14].

E, finalmente, Abraão deu dízimo uma única vez, e despojo de uma guerra!


Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo. Nos interesses de Sua Igreja.

Fonte: Jesus, o amor maior
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