A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu inquérito, nesta sexta-feira, sobre um caso de abuso sexual cometido contra uma garota de 13 anos em Florianópolis. O assunto vem gerando muita repercussão por supostamente ter sido cometido por dois garotos de 14 anos, um deles filho de empresário do ramo das comunicações e o outro de um delegado de polícia da capital.
A apuração do "ato infracional" foi entregue à Justiça no período da tarde de sexta. Agora, será remetido ao Ministério Público do estado, que decidirá ou não pelo prosseguimento. A investigação vem sendo coordenada pela 6ª Delegacia de Polícia e pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) e corre em segredo de Justiça. Tanto a delegada Juliana Gomes, responsável pela apuração da denúncia, quanto a Delegacia Geral da Polícia Civil de Santa Catarina confirmam a existência do crime, mas fornecem poucas informações sobre o assunto, devido às imposições do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A denúncia foi feita no último dia 15 de maio, após a menina dar entrada num hospital da cidade e exames confirmarem violência sexual. O suposto abuso teria ocorrido na noite anterior, dentro de um apartamento na avenida Beira Mar Norte, uma das áreas mais nobres de Florianópolis.
O ato chegou a ser comentado na internet, em blogs e pela ferramenta Formspring, inclusive pelos adolescentes apontados como autores. Esta semana, a Polícia Civil recolheu computadores pessoais dos envolvidos e solicitou exames toxicológicos para apontar se a vítima teria ingerido álcool ou outras substâncias químicas. A participação de um terceiro jovem também está sendo investigada, mas não foi confirmada pelos policiais.
Durante a última semana, um blog chegou a publicar o suposto abuso e uma carta assinada supostamente por "mães de alunos do Colégio Catarinense", um dos mais tradicionais do Estado e onde os autores estudariam. A instituição publicou um comunicado negando que os suspeitos frequentem o estabelecimento. "Não acreditamos que os colégios onde eles estejam matriculados tenham responsabilidade direta pelos atos praticados por seus alunos fora do ambiente escolar", afirma a instituição. "Os jovens citados nesta carta não são alunos do Colégio Catarinense".
Fonte: Portal Terra
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