
Mais de 11.000 representantes de igrejas ou “mensageiros” de todas as partes dos EUA participaram da 153ª conferência anual da Convenção Batista do Sul, a qual ocorreu de 15 a 16 de junho em Orlando, Florida.
Os mensageiros aprovaram unanimemente uma resolução intitulada “Sobre o Escândalo do Divórcio entre os Batistas do Sul” — a primeira a lidar especificamente com o divórcio em mais de 100 anos — reafirmando seu compromisso de construir uma cultura cristã saudável de famílias unificadas fundadas no princípio bíblico do casamento indissolúvel.
A resolução declara que a “aceleração nos índices de divórcio nas igrejas batistas do Sul não ocorreu por meio de uma mudança em convicções teológicas acerca dos ensinos da Bíblia sobre o divórcio, mas em vez disso por meio de adaptação à cultura”.
A resolução citou um estudo que mostra que o índice de divórcio entre cristãos conservadores é igual ou mais elevado do que o índice médio para a população dos EUA.
Essa adaptação ao divórcio é a fonte de “ruínas espirituais” nas igrejas e também prejudica “nosso testemunho global por Cristo”, frisa a resolução.
A resolução exorta os batistas do Sul “a proclamar a Palavra de Deus sobre a perpetuidade do casamento”, a ajudar a ensinar suas igrejas que os votos conjugais não são simplesmente questão de romance, mas “uma aliança diante de Deus, até que a morte os separe”. A resolução exorta aqueles que “estão em casamentos atribulados ou instáveis a buscarem assistência de pessoas tementes a Deus e, onde possível, a reconciliação”.
Outra resolução aprovada na quarta-feira incentiva os batistas do sul a “reanimar a disciplina espiritual da adoração em família” e a reafirmar a centralidade do Evangelho de Jesus Cristo em suas vidas. A adoração em família, diz ela, ajudaria “a nutrir famílias mais fortes, uma igreja mais forte e uma nação mais forte”.
Outras resoluções aprovadas pela Convenção incluem uma que se opõe à revogação da política “Não Pergunte, Não Diga”, a qual proíbe homossexuais assumidos de servirem nas forças armadas. Outra resolução adotada se opõe à promulgação da Lei de Não Discriminação no Emprego (LNDE), a qual proíbe os empregadores de discriminar ou fazer decisões com relação aos funcionários com base na orientação sexual. A resolução avisa que a LNDE representa um perigo para os donos de negócios religiosos e para a liberdade de os indivíduos exercerem suas convicções religiosas e agirem de acordo com elas.
Apesar disso, a resolução deixa claro que “as pessoas homossexuais não são nossos inimigos, mas nossos próximos a quem amamos e desejamos ver acharem o mesmo perdão e liberdade que temos achado em Cristo”.
O noticiário Baptist Press informa que Mac Brunson, pastor da Primeira Igreja Batista de Jacksonville, Flórida, deu uma pregação para os 11.000 representantes ou mensageiros na Convenção, fazendo-os se lembrar de que os cristãos precisam focar no Evangelho e fortalecer sua unidade em Cristo.
“Temo que em nossa convenção e em nosso ministério hoje sejamos pregadores que sabem melhor lutar uns contra os outros do que lutar contra nosso inimigo”, disse Brunson.
Mas a chave para resolver esse problema entre os cristãos, disse ele, é voltar a focar Cristo como a fonte e ápice de todas as coisas.
“Não precisamos apenas de um reanimo, gente”, disse Brunson. “Não precisamos apenas de um reavivamento, precisamos ter de volta e refocar na superioridade de Jesus Cristo”.
Fonte: Blog do Julio Severo
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