sexta-feira, 16 de julho de 2010

Líderes batistas do Sul resolvem reanimar vida familiar e condenar o divórcio

No último dia de seu encontro anual, líderes americanos dos batistas do Sul, uma denominação cristã que se gaba de ter 16.16 milhões de membros, aprovaram resoluções de compromissos renovados de promover vigorosamente a instituição do casamento e da família em suas igrejas. Os líderes batistas condenaram de forma especial o escândalo do divórcio e tentativas legislativas de normalizar a homossexualidade nas forças armadas e ambiente de trabalho.

Mais de 11.000 representantes de igrejas ou “mensageiros” de todas as partes dos EUA participaram da 153ª conferência anual da Convenção Batista do Sul, a qual ocorreu de 15 a 16 de junho em Orlando, Florida.

Os mensageiros aprovaram unanimemente uma resolução intitulada “Sobre o Escândalo do Divórcio entre os Batistas do Sul” — a primeira a lidar especificamente com o divórcio em mais de 100 anos — reafirmando seu compromisso de construir uma cultura cristã saudável de famílias unificadas fundadas no princípio bíblico do casamento indissolúvel.

A resolução declara que a “aceleração nos índices de divórcio nas igrejas batistas do Sul não ocorreu por meio de uma mudança em convicções teológicas acerca dos ensinos da Bíblia sobre o divórcio, mas em vez disso por meio de adaptação à cultura”.

A resolução citou um estudo que mostra que o índice de divórcio entre cristãos conservadores é igual ou mais elevado do que o índice médio para a população dos EUA.

Essa adaptação ao divórcio é a fonte de “ruínas espirituais” nas igrejas e também prejudica “nosso testemunho global por Cristo”, frisa a resolução.

A resolução exorta os batistas do Sul “a proclamar a Palavra de Deus sobre a perpetuidade do casamento”, a ajudar a ensinar suas igrejas que os votos conjugais não são simplesmente questão de romance, mas “uma aliança diante de Deus, até que a morte os separe”. A resolução exorta aqueles que “estão em casamentos atribulados ou instáveis a buscarem assistência de pessoas tementes a Deus e, onde possível, a reconciliação”.

Outra resolução aprovada na quarta-feira incentiva os batistas do sul a “reanimar a disciplina espiritual da adoração em família” e a reafirmar a centralidade do Evangelho de Jesus Cristo em suas vidas. A adoração em família, diz ela, ajudaria “a nutrir famílias mais fortes, uma igreja mais forte e uma nação mais forte”.

Outras resoluções aprovadas pela Convenção incluem uma que se opõe à revogação da política “Não Pergunte, Não Diga”, a qual proíbe homossexuais assumidos de servirem nas forças armadas. Outra resolução adotada se opõe à promulgação da Lei de Não Discriminação no Emprego (LNDE), a qual proíbe os empregadores de discriminar ou fazer decisões com relação aos funcionários com base na orientação sexual. A resolução avisa que a LNDE representa um perigo para os donos de negócios religiosos e para a liberdade de os indivíduos exercerem suas convicções religiosas e agirem de acordo com elas.

Apesar disso, a resolução deixa claro que “as pessoas homossexuais não são nossos inimigos, mas nossos próximos a quem amamos e desejamos ver acharem o mesmo perdão e liberdade que temos achado em Cristo”.

O noticiário Baptist Press informa que Mac Brunson, pastor da Primeira Igreja Batista de Jacksonville, Flórida, deu uma pregação para os 11.000 representantes ou mensageiros na Convenção, fazendo-os se lembrar de que os cristãos precisam focar no Evangelho e fortalecer sua unidade em Cristo.

“Temo que em nossa convenção e em nosso ministério hoje sejamos pregadores que sabem melhor lutar uns contra os outros do que lutar contra nosso inimigo”, disse Brunson.

Mas a chave para resolver esse problema entre os cristãos, disse ele, é voltar a focar Cristo como a fonte e ápice de todas as coisas.

“Não precisamos apenas de um reanimo, gente”, disse Brunson. “Não precisamos apenas de um reavivamento, precisamos ter de volta e refocar na superioridade de Jesus Cristo”.

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