sábado, 29 de janeiro de 2011

Casamentos sólidos, sociedade curada

“Assim como pela criação Deus de um fez dois, pelo casamento, ele de dois fez um”. (Thomas Adams)

Deus é o criador do casamento. Ninguém consegue se casar longe do olhar supremo de Deus. Não há nada tão belo quanto o esplendor de duas almas unidas pelo vínculo do amor. Em pleno século XXI, as pessoas ainda buscam aquele olhar que desafia e encanta, aquela pessoa que faz perder o fôlego, aquela música que estimula os sonhos, aquele amor que faz a vida acontecer.
Pobre é o ser que não se encanta, que não sabe o que é o amor.

Vivemos dias onde a fantástica celebração do amor está sendo ameaçada pela mediocridade de uma geração viciada em consumismo, sensualidade abusiva e taras desprovidas de respeito e afeto. Quanto mais perto da violência sexual (falar de amor sem amor, usar o outro como objeto, casar por aventura, etc.), mais longe do ideal de Deus para o casamento.

A intimidade despedaçada

Numa época onde os valores são deturpados a todo instante, viver o amor que Deus sonha para nós é revolucionário. Estamos num tempo onde impera a lógica do absurdo: é preciso tirar proveito de tudo! Essa lógica/doença despedaça a intimidade, estilhaça a alma, quebra os vínculos que constroem os sentimentos.

Os sintomas dessa desconstrução da vida estão por toda parte: casamentos descartáveis, que duram somente na estação do êxtase. Famílias destruídas no cerne do afeto, onde as relações (quando existem) são apenas monetárias, o bolso é o centro, não o coração. Sexualidade sem vida, onde o que se tem é uma tragédia de lençóis e não a celebração do encontro humano mais profundo.

Essas anomalias são frutos de uma rebelião contra a moralidade e a verdadeira identidade humana. Não somos animais que, em nome do instinto de sobrevivência, fazem da vida uma barbárie sem amor. Somos seres nos quais Deus escolheu habitar, seres que podem ser cheios de Sua glória. Seres que amam.

Ainda há esperança

Como cristãos, apesar de toda a feiura do momento atual, podemos ter/ser a esperança. Temos/somos faróis de Deus no oceano dos frustrados. Nossos casamentos sólidos são rastros de Deus numa sociedade adoecida, numa sociedade em busca de cura. Nosso chamado é restaurar as certezas, apontar na vida e na voz a esperança que nunca se vai.

Pela imensa graça de Deus podemos ser dignos de confiança, ter uma família que se respeite, que se ame, que se dedique à vocação de Deus para a vida: ser sal e luz num tempo histórico apodrecido. Deus conta conosco, acredita em nós, ama nossos casamentos, compreende nossas fraquezas e aposta em nós como construtores de uma nova história.

Como disse Thomas Brooks: “A esperança consegue ver o céu através das mais densas nuvens”. Nossos olhos podem focalizar o melhor de Deus para o nosso casamento, basta que eles sejam lubrificados pelo colírio da Palavra e fixados um no outro como no dia do casamento.



Fonte: Blog do Alan Brizotti
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