domingo, 16 de janeiro de 2011

O que a Bíblia diz sobre a confissão dos pecados a um padre?

O conceito da confissão dos pecados a um padre não é ensinado em lugar algum das Escrituras. Primeiro, o Novo Testamento não ensina que deve haver sacerdotes na Nova Aliança. Ao invés disso, o Novo Testamento ensina que todos os crentes são sacerdotes. 1 Pedro 2:5-9 descreve os crentes como “sacerdócio santo” e “sacerdócio real”. Apocalipse 1:5 e 5:10 descrevem os crentes como “reino e sacerdotes”. Na Antiga Aliança, os fiéis tinham que se aproximar de Deus através dos sacerdotes. Os sacerdotes eram mediadores entre o povo e Deus. Os sacerdotes ofereciam sacrifícios a Deus em favor das pessoas. Isso não é mais necessário. Por causa do sacrifício de Jesus, nós podemos agora nos aproximar do trono de Deus com confiança (Hebreus 4:16). O partir em dois do véu do templo na morte de Jesus foi o simbolismo de que o muro entre Deus e a humanidade havia sido destruído.
Nós podemos nos aproximar de Deus diretamente, nós mesmos, sem o uso de um mediador humano. Por quê? Porque Jesus Cristo é o nosso sumo sacerdote (Hebreus 4:14-15;10:21), e o único mediador entre nós e Deus (1 Timóteo 2:15). O Novo Testamento ensina que deve haver anciãos (1 Timóteo 2:15), diáconos (1 Timóteo 3), bispos (Tito 1:6-9) e pastores (Efésios 4:11) – mas não sacerdotes.

Quanto à confissão dos pecados, os crentes são ensinados em 1 João 1:9 a confessar os seus pecados a Deus. Deus é fiel e justo para perdoar os nossos pecados quando os confessamos a Ele. Tiago 5:16 fala da confissão das nossas transgressões “uns aos outros”, mas não é o mesmo que confessar os pecados a um padre como a Igreja Católica Romana ensina. Sacerdotes/líderes da igreja não são mencionados em parte alguma no contexto de Tiago 5:16. Além disso, Tiago 5:16 não relaciona o perdão dos pecados à confissão dos pecados “uns aos outros”.

A Igreja Católica Romana baseia as suas práticas de confissão a um padre primariamente na tradição católica. Os católicos indicam João 20:23: “Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos.” Com base neste versículo, os católicos afirmam que Deus deu aos apóstolos a autoridade para perdoar pecados, e que esta autoridade foi passada adiante para os sucessores dos apóstolos, como, por exemplo, os bispos e padres da Igreja Católica Romana. Há diversos problemas com essa interpretação. (1) João 20:23 em lugar algum menciona a confissão dos pecados. (2) João 20:23 em lugar algum promete, ou mesmo sugere, que a autoridade para perdoar pecados seria passada aos sucessores dos apóstolos. A promessa de Jesus foi direcionada e especificamente dirigida aos apóstolos. (3) O Novo Testamento em lugar algum menciona que os apóstolos sequer teriam sucessores para a sua autoridade apostólica. Da mesma forma, os católicos indicam Mateus 16:19 e 18:18 (ligar e desligar) como evidência para a autoridade da Igreja Católica para perdoar pecados. Os mesmos três pontos acima se aplicam a essas Escrituras.

Mais uma vez, o conceito da confissão dos pecados a um padre não é ensinado em lugar algum nas Escrituras. Nós devemos confessar nossos pecados a Deus (1 João 1:9). Como crentes da Nova Aliança, nós não precisamos de mediadores entre nós e Deus. Nós podemos nos achegar a Deus diretamente por causa do sacrifício de Jesus por nós. 1 Timóteo 2:5: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.”


Fonte: Got Questions
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