domingo, 20 de fevereiro de 2011

Pelo avesso

À medida que envelheço
Mais e mais eu reconheço
Dependente sou de Ti

Não és prata, pau ou gesso
És caminho sem tropeço
Meu prazer é te seguir

Vês o fim desde o começo
Me conheces pelo avesso
E me fazes prosseguir

De Ti nada eu mereço
Por amor pagaste o preço
Pra minh’alma redimir

Toda vez que me entristeço
Sendo rico, empobreço
Mas meus olhos ponho em Ti

Do passado me esqueço
Me tornei Seu endereço
Neste mundo e no porvir

Em Tua chama me aqueço
Na Palavra permaneço
Até vê-la se cumprir


Autor: Hermes C. Fernandes
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