Mark Regnerus, professor de sociologia da Universidade do Texas e autor do livro “Forbidden Fruit: Sex & Religion in the Lives of American Teenagers” (Fruto Proibido: Sexo & Religião nas Vidas dos Adolescentes Americanos), escreveu que embora mais de 90 por cento dos americanos façam sexo antes do casamento, apesar de um forte entusiasmo oficial pela castidade e virgindade na subcultura, uma maioria — aproximadamente 80 por cento dos cristãos conservadores dos EUA — não aguarda até o casamento.
Regnerus afirma que a ênfase em “desestimular” e “adiar” o casamento entre os americanos, inclusive evangélicos, prejudicou a instituição do casamento. Ele diz que os evangélicos precisam voltar a incentivar os jovens a se casar, uma pretensão assustadora, diz ele, considerando a hostilidade que a mera sugestão disso recebe no meio do público em geral.
“Valorizar o casamento na esfera pública hoje é falar um língua estrangeira: você está atraindo para si mesmo aborrecimentos e confusão, ou ambos”, escreveu ele. Mas, apesar de que os cristãos estão dando “importância exagerada ao sexo, eles estão se tornando “lentos e negligentes” acerca do casamento.
Num artigo em abril no jornal Washington Post, Regnerus culpou os pais dos jovens de hoje, que focalizaram apenas no sucesso acadêmico e profissional, adiando o casamento para alguma data futura.
“Muitos de nós obtivemos nossos diplomas de administração de empresas, advocacia, medicina e filosofia. Agora aconselhamos nossos filhos a completar sua educação antes mesmo de eles pensarem em se casar, para lançar suas carreiras e se tornarem financeiramente independentes”, escreveu ele.
As estatísticas sobre a família no século 20 têm sido um dos assuntos mais registrados e menos tratados em conversas. Em 1930, a idade média para os homens se casarem era 24,3 anos; para as mulheres era 21,3. Isso foi mais elevado do que as idades entre 1950 e 1960 quando os homens se casavam aos 22,8 e as mulheres aos 20,3 anos. Desde 1960, porém, a idade subiu de forma constante para 27,7 para homens e 26 para mulheres em 2007.
Esperar que os jovens aguardem grande parte de seus anos reprodutivos para ter sexo é irreal e um caso de “lutar contra os propósitos reprodutivos de nosso Criador”.
O programa de TV Fox News entrevistou muitos evangélicos e citou um jovem compositor e guitarrista, Jay Mkrtschjan, que havia planejado se casar com sua namorada, Megan, aos 20, mas adiou por um ano por causa das pressões de seus pais. Ele disse: “Casar cedo e namorar por um curto período de tempo deixa menos espaço para pecar sexualmente”. “Para mim, foi realmente uma questão de confiança”, disse Megan. “Casar logo após a faculdade mostrou para nossos amigos que estávamos confiando nossas vidas a Deus”.
Na Igreja Católica, outrora era comum o clero e os pais incentivarem seus filhos a se casar. Mas a cultura do feminismo e carreirismo fez avanços entre os católicos. O Pe. Michael P. Orsi, capelão e membro do conselho de direito e religião na Faculdade de Direito Ave Maria em Michigan, sustenta que a tendência de adiar o casamento “ou ficar sem casar tem sido a causa de grande parte da deterioração de nossa sociedade”.
“Embora muitos estejam sentados torcendo as próprias mãos acerca do fim do casamento como instituição e o colapso concomitante da ética sexual, ninguém está disposto a declarar a razão mais óbvia — é adiar por muito tempo”. O Pe. Orsi escreveu em seu artigo de 2001 “Defendendo Casamentos Precoces”, Orsi aponta para a elevada incidência de sexo antes do casamento, índices crescentes de infertilidade e o crescimento da indústria do aborto, o crescimento da atividade homossexual, o uso generalizado do controle da natalidade artificial como sintomas da tendência.
Um artigo na edição de 4 de novembro de 2005 da Revista de Medicina da Nova Inglaterra constatou uma mudança nas estatísticas de gravidez. Os americanos que adiam o casamento estão também tendo menos filhos e mais tarde. O número de primeiros nascimentos por 1.000 mulheres de 35 e 39 anos de idade aumentou 36 por cento entre 1991 e 2001, e o índice entre mulheres de 40 a 44 aumentou em 70 por cento. Isso enquanto a maioria dos especialistas de fertilidade concorda que a idade ideal para a gravidez permanece no começo da idade de 20 anos.
Com a idade do casamento ficando continuamente mais elevada, a idade em que os jovens têm a primeira relação sexual é bem baixa. De acordo com a Pesquisa Nacional de Crescimento da Família e a Pesquisa Nacional de Adolescentes, a idade média da primeira relação sexual é 16,9 para meninos e 17,4 para meninas.
Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com/
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