Como todos sabem, o pastor Silas Malafaia se envolveu numa grande polêmica, quando decidiu trocar farpas com Edir Macedo, a quem chamou, num vídeo que foi acessado por mais de 500 mil pessoas (até agora), de "falso profeta mentiroso".
O curioso é perceber que, ao que tudo indica, a briga se deu porque Macedo decidiu afirmar que Malafaia tinha segundas intenções ao retirar o apoio à candidatura de Marina Silva e apoiar à candidatura de José Serra.
O apoio a José Serra foi revelado, por Malafaia, no seu programa "Vitória em Cristo", na propaganda eleitoral do candidato à presidência da república, pelo PSDB, e no referido vídeo onde responde às acusações de Macedo.
Essa briga me deixou com a "pulga atrás da orelha", pois na troca de acusações, Macedo chamou Malafaia de “falso profeta” e, em contra partida, Malafaia o chamou de “falso profeta mentiroso”. Mas Malafaia fez algo muito arriscado. Ele afirmou, peremptoriamente, que Dilma perderia a eleição, senão vejamos: “...E agora por questões do voto Evangélico e Católico, ela (Dilma) está dizendo que é contra (o aborto) é por isso que ela vai perder essa eleição...” Quando ouvi estas palavras pela primeira vez, antes do dia 31 de outubro, perguntei-me se estas eram as palavras de um profeta, já que Silas vive dizendo ser profeta de Deus (basta acompanhar seus programas, e eu os acompanho, para perceber quantas vezes ele repete isto), Ou as palavras e opinião do cidadão Malafaia?
Como nasci em lar evangélico, e conheço um pouquinho do que acontece nos bastidores eclesiásticos, sei que se Dilma tivesse perdido a eleição, muitos diriam que as palavras de Malafaia foram proféticas. Mas, como ela foi eleita, acredito que, estes mesmos, dirão que as palavras de Malafaia refletiam a opinião de um simples cidadão.
Antes que alguém tire conclusões precipitadas, preciso dizer que o que me inquieta nesta história, é perceber que, em nome de Deus, muita gente tem feito o que bem entende. Acredito que está na hora da Igreja amadurecer, para compreender o que acontece em seus arraiais e para que não seja levada por todo vento de doutrina, ou por qualquer líder religioso inescrupuloso, que tenha o poder de manipular a opinião pública.
Fonte: Editora Ultimato
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