Eles já gravaram música gospel no piano em que Tom Jobim compôs Garota de Ipanema. Fora do Brasil, utilizaram os mesmos estúdios de artistas como Britney Spears e Beyonce. Receberam várias indicações para premiações e em uma delas, o Troféu Talento, recebeu seis em duas edições, concorrendo ao lado dos grandes nomes da música evangélica. Mas foi em casa que algo mudou suas vidas.
Como tudo começou
Com o evangelismos de rua, diriam alguns. Nas equipes de louvor da Igreja Assembléia de Deus do Pastor Divino, lembrariam outros. No entanto, a verdade é que tudo começou no berçário. Isso mesmo. O início foi no departamento infantil localizado no porão da Assembléia de Deus de Taguatinga, Brasília. Foi ali que Clayton O’Lee e Jota Albuquerque se conheceram ainda na primeira infância, durante uma aula na escola dominical.

Em 1998, agora adolescentes, serviam com os Pastores Ruben e Helio num ponto de pregação na Rodoviária de Brasília. Todos os sábados empunhavam seus instrumentos ao lado de outros jovens enquanto pastores anunciavam o evangelho, expulsavam demônios e distribuíam alimentos. Tocavam João Alexandre, Carlinhos Felix, Álvaro Tito, Luiz de Carvalho e clássicos como Segura na Mão de Deus, O Rei está voltando e Roda de Fogo.
Neste grupo havia um garoto chamado Paulo Senna que, influenciado pelo que presenciava naqueles evangelismos, compôs a primeira música da banda. Chamava-se Cabral e era um Reggae. Ao compartilhar a composição algo começou a brotar nos corações daqueles jovens.


Foi neste tempo que algo surpreendente aconteceu. Um casal, Jessé e Helissa, decidem fazer algo ousado. Semear o primeiro CD da banda. Mas não seria uma semeadura qualquer, já que estavam decididos que queriam o melhor. - Mas quem vai produzir?
Pensaram em muitos nomes, e num dia folheando uma revista de música, Jota Albuquerque esbarrou numa matéria que apresentava um jovem talentoso chamado Ruben Di Souza. Ninguém imaginava, mas eles tinham encontrado não só um produtor, mas um grande amigo que sonha, se alegra e também chora com eles, enfim, um verdadeiro irmão para todas as horas.

Veio então a primeira viagem para outro estado. Ministraram no Festival Som do Céu, em Minas Gerais e voltaram para Brasília cheios de testemunhos e sem nenhum CD na bagagem. Sem distribuição formal, vendiam seus CD’s nas apresentações ao vivo e contavam com a Internet, produzindo eles mesmos todo o material gráfico e virtual. Suas maiores ferramentas de divulgação eram a recomendação pessoal e a vontade de fazer o máximo para o Senhor. E dessa maneira alcançaram e ministraram no Rio de Janeiro, Florianópolis, São Paulo e Goiânia.

2006 se anunciou com novidades. Clayton e Davi já casados com Juliane e Janaina respectivamente. Jessé e Helissa continuavam debaixo de uma direção do Senhor liberando bênçãos sem medidas sobre a agora DISCOPRAISE.

Disco, encarte, site... Tudo pronto, o processo de produção foi um sonho. Mas tiveram que acordar e se deparar com a realidade de que, sem distribuição e divulgação não se consegue ir muito longe.
Contrariando os prognósticos, continuaram sendo convidados para ministrar nos quatro cantos do país. Chegavam com malas repletas de discos, que saíam vazias. O coração de cada um cada vez mais se fortalecia no Senhor, porque a todo tempo Deus mandava a provisão e pontuava o coração de cada um com esperança de que um dia o Ministério iria definitivamente deslanchar.
Em 2008 depois de um tempo de busca ao Senhor e de dois trabalhos voltados para o evangelismo, a Discopraise sentiu que era o momento de escrever canções voltadas ao relacionamento íntimo com Deus. Nasce o disco Se Eu Me Humilhar.

Após conferir uma apresentação da banda em Brasília, a diretoria da gravadora Graça Music começou a sondar mais o grupo, até que, depois de algumas conversas, surgiu o convite formal para integrar o cast da gravadora.
E é assim que a banda está nesse momento. Finalmente encontraram suporte àquilo que sempre buscaram, ou seja, uma gravadora que desse todo apoio necessário para que a Discopraise basicamente se preocupe naquilo que eles sabem fazer de melhor: Celebrar e adorar.
Fonte: Discografia Gospel