
Segundo Neusa, no sábado ela recebeu uma ligação em seu aparelho móvel, feita por um homem que se identificou como Carlos Augusto Fontinelli. Apresentando-se como “Gerente de Premiação da Claro”, o autor da ligação deu a boa notícia: por ter feito a chamada “Recarga Fenomenal”, Neusa teria ganhado um carro no valor de R$ 80 mil, mais 30 mil em dinheiro.
O homem disse, no entanto, que para receber o prêmio, a servidora deveria depositar R$ 300 numa conta indicada por ele. Feliz com o que parecia ser um lance de sorte, a mulher, que é fiel da Assembleia de Deus, correu para a agência da Caixa a fim de fazer a transferência para a conta do tal gerente. Para sua sorte, o cartão de sua poupança estava bloqueado.
Temendo ficar sem os valiosos prêmios, Neusa então pediu dinheiro emprestado ao pastor de sua igreja. O religioso, aliás, a acompanhou até o banco, onde R$ 800 foram depositados em sua conta. Na hora de transferir o dinheiro, no entanto, o missionário percebeu que se tratava de golpe e abortou a operação.
O homem voltou a ligar e, segundo Neusa, seu número aparecia com código (021) do Rio de Janeiro. Demonstrando irritação, o sujeito exigia que a transação fosse efetuada. Já tendo certeza de que se tratava de um golpe, a servidora saiu da agência e foi até a DPC, onde registrou uma ocorrência policial sobre o caso.
“O homem sabia de tudo o que eu fazia e tinha informações minuciosas sobre a minha família, inclusive o endereço da minha casa”, explica Neusa, reconhecendo que a alegria de receber um prêmio fácil a fez ignorar os indícios do golpe. Ela alerta, no entanto, a quem receber ligações parecidas, a não conversar com quem faz a chamada. “Essa gente tem uma lábia que realmente faz a pessoa acreditar que é tudo verdade”, denuncia e previne a vilhenense.
Fonte: Folha Sul
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