terça-feira, 1 de novembro de 2011

Liberdade para o anúncio e a denúncia é central na teologia luterana

O conceito de liberdade é central na teologia e prática luteranas. O reformador Martim Lutero salientou a liberdade do cristão em seu contexto, destacando a inalienabilidade desse princípio concedido por Deus, destacou o secretário geral da Federação Luterana Mundial (FLM), pastor Martim Junge, na passagem, hoje, pelo Dia da Reforma.

Esse dia, agregou Junge, oferece uma boa oportunidade para defender a causa da liberdade. “As igrejas da Reforma não devem olhar com desconfiança o conceito de liberdade. Ao contrário, ao apoiaremos que sofrem injustiças, conflitos e situações sem reconciliação, darão um depoimento firme da maneira como se pode entender a liberdade", disse.

As 145 igrejas membro associadas à FLM entendem-se numa comunhão da família cristã. A visão do organismo ecumênico define-se como “uma comunhão em Cristo liberada pela graça de Deus, que vive e trabalha por um mundo justo, pacífico e reconciliado”.

Em carta enviada às igrejas membros, Junge lembra que o lema baseia-se na afirmação central da Reforma de que os seres humanos não são justificados pelo são e fazem, mas pelo que Deus é e faz.

A FLM sabe-se, então, liberada para trabalhar pela justiça, a paz e a reconciliação no mundo. “Sua liberdade pela graça é uma liberdade para o serviço ou, na linguagem da igreja, uma liberdade para a diaconia. Assim, a liberdade cristã tem uma dupla responsabilidade: ante Deus e ante o próximo. Ou como se faz cada vez mais evidente hoje: ante Deus e ante toda a Criação", assinalou o secretário geral.

A mudança climática, os desastres ecológicos e, recentemente, a crise financeira deixaram claro quão relevante pode ser a contribuição dos cristãos e das igrejas ao debate social e político. A crise financeira, frisou, foi prevista por vozes proféticas muito antes de ocorrer.


Fonte: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)
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