Negação: A vítima não vê nada disfuncional no relacionamento, está muito entusiasmada porque se sente importante e útil. A razão para negar que exista abuso é que o subordinado tem pouca ou nenhuma noção das dinâmicas de um relacionamento abusivo.
Justificação: Aos poucos familiares ou amigos começam a perceber que o relacionamento não é saudável e concluem que o líder está se aproveitando da pessoa. Elas começam a questionar à vítima. Em alguns casos, também a vítima começa a sentir-se desanimada pelos grandes sacrifícios que estão envolvidos em seguir a seu líder e, então, racionaliza estes sacrifícios.
Agressão: Em razão do excesso de compromissos ou da pressão das pessoas ao redor dele, a vítima defende a validade do relacionamento e pode apresentar uma atitude agressiva consigo mesmo ou até aos que sugerem que seu líder está se aproveitando dele. Por exemplo, pode evitar todo contato com aquele que, segundo seu critério, o está acusando injustamente, ou desvalorizar o caráter de seus críticos. A vítima começa a ver-se cansada, estressada e de mau humor. É nessa fase que ocorrem as divisões inclusive das famílias, quando filhos ficam contra os pais e vice versa.
Crises: Nesta etapa, a vítima sofre uma perda pessoal por causa do custo de ter de satisfazer as constantes demandas de seu líder. As perdas podem dar-se a nível físico, social, ou espiritual. No plano físico, poderia ter-se estendido demais fisicamente e começar a sofrer uma crise de saúde, por exemplo, a hipertensão, úlceras, ansiedade, etc. Uma crise social pode se dá porque a vítima está abandonada ou decide abandonar os seus amigos ou familiares; por exemplo, a esposa sai de casa porque alega que seu esposo ocupa todo seu tempo seguindo ao líder. Uma crise espiritual poderia acontecer quando a vítima sente que Deus o abandonou e não vê retribuição pelos seus sacrifícios.
Racionalização: Durante um período de perda ou crise por causa do desequilíbrio de sua vida, a vítima pode começar a racionalizar. Convence-se a si mesmo de que os problemas que sofre não tem nada a ver com o relacionamento abusivo, mas que os fatores são por outras coisas. Por exemplo, está cansada demais e não é capaz de continuar com as demandas do Evangelho, ou seus amigos e familiares estão equivocados na sua percepção do relacionamento. Poderia também crer que Deus está arranjando uma enorme recompensa para dar a ele, ou que Deus esqueceu dele, mas que em pouco tempo vai retificar isto.
Aceitação: Da etapa de crise, a vítima pode entrar na etapa de aceitação, onde se dá conta de que as perdas que tem sofrido são o resultado direto do relacionamento abusivo, e que o líder tem se aproveitado dele. Em termos ideais, nesta etapa, a vítima começa a assumir a responsabilidade por seu bem estar e procura ajuda profissional. Aceitar o relacionamento de abuso pode levar a vítima a uma atitude agressiva contra o seu líder. Por exemplo, se a vítima tem algum liderança dentro do ministério, poderia fomentar uma rebelião ou divisão do mesmo, na maioria dos casos com resultados amargos.A aceitação de um relacionamento abusivo não ocorre exclusivamente durante uma crise; é possível que a vítima se dê conta do abuso antes de que chegue a um ponto crítico.
Síndrome de abstinência: Produz-se quando a vítima já deixou o relacionamento e começa a sentir saudades dos bons aspectos do que deixou, por exemplo, o companheirismo e a aceitação. A vítima pode se deprimir: na realidade, mesmo que fosse um relacionamento abusivo, também perdeu uma pessoa que tinha aprendido a amar e respeitar.
Recuperação: A vítima chega a ter compreensão de sua própria vulnerabilidade à possibilidade de se envolver em relacionamentos abusivos e começa a ser mais ativa no que faz para evitá-lo: fica mais cautelosa ao começar um novo relacionamento. Nesta etapa existe o perigo de que a pessoa se envolva, quase sem dar-se conta, em outro relacionamento abusivo. É importante que se ajude à pessoa a entender o relacionamento entre o que lhe fez falta na sua infância e suas necessidades atuais. Com isto, deve-se avaliar como este relacionamento abusivo em particular lhe levou a crer que suas necessidades emocionais estavam sendo satisfeitas.
Justificação: Aos poucos familiares ou amigos começam a perceber que o relacionamento não é saudável e concluem que o líder está se aproveitando da pessoa. Elas começam a questionar à vítima. Em alguns casos, também a vítima começa a sentir-se desanimada pelos grandes sacrifícios que estão envolvidos em seguir a seu líder e, então, racionaliza estes sacrifícios.
Agressão: Em razão do excesso de compromissos ou da pressão das pessoas ao redor dele, a vítima defende a validade do relacionamento e pode apresentar uma atitude agressiva consigo mesmo ou até aos que sugerem que seu líder está se aproveitando dele. Por exemplo, pode evitar todo contato com aquele que, segundo seu critério, o está acusando injustamente, ou desvalorizar o caráter de seus críticos. A vítima começa a ver-se cansada, estressada e de mau humor. É nessa fase que ocorrem as divisões inclusive das famílias, quando filhos ficam contra os pais e vice versa.
Crises: Nesta etapa, a vítima sofre uma perda pessoal por causa do custo de ter de satisfazer as constantes demandas de seu líder. As perdas podem dar-se a nível físico, social, ou espiritual. No plano físico, poderia ter-se estendido demais fisicamente e começar a sofrer uma crise de saúde, por exemplo, a hipertensão, úlceras, ansiedade, etc. Uma crise social pode se dá porque a vítima está abandonada ou decide abandonar os seus amigos ou familiares; por exemplo, a esposa sai de casa porque alega que seu esposo ocupa todo seu tempo seguindo ao líder. Uma crise espiritual poderia acontecer quando a vítima sente que Deus o abandonou e não vê retribuição pelos seus sacrifícios.
Racionalização: Durante um período de perda ou crise por causa do desequilíbrio de sua vida, a vítima pode começar a racionalizar. Convence-se a si mesmo de que os problemas que sofre não tem nada a ver com o relacionamento abusivo, mas que os fatores são por outras coisas. Por exemplo, está cansada demais e não é capaz de continuar com as demandas do Evangelho, ou seus amigos e familiares estão equivocados na sua percepção do relacionamento. Poderia também crer que Deus está arranjando uma enorme recompensa para dar a ele, ou que Deus esqueceu dele, mas que em pouco tempo vai retificar isto.
Aceitação: Da etapa de crise, a vítima pode entrar na etapa de aceitação, onde se dá conta de que as perdas que tem sofrido são o resultado direto do relacionamento abusivo, e que o líder tem se aproveitado dele. Em termos ideais, nesta etapa, a vítima começa a assumir a responsabilidade por seu bem estar e procura ajuda profissional. Aceitar o relacionamento de abuso pode levar a vítima a uma atitude agressiva contra o seu líder. Por exemplo, se a vítima tem algum liderança dentro do ministério, poderia fomentar uma rebelião ou divisão do mesmo, na maioria dos casos com resultados amargos.A aceitação de um relacionamento abusivo não ocorre exclusivamente durante uma crise; é possível que a vítima se dê conta do abuso antes de que chegue a um ponto crítico.
Síndrome de abstinência: Produz-se quando a vítima já deixou o relacionamento e começa a sentir saudades dos bons aspectos do que deixou, por exemplo, o companheirismo e a aceitação. A vítima pode se deprimir: na realidade, mesmo que fosse um relacionamento abusivo, também perdeu uma pessoa que tinha aprendido a amar e respeitar.
Recuperação: A vítima chega a ter compreensão de sua própria vulnerabilidade à possibilidade de se envolver em relacionamentos abusivos e começa a ser mais ativa no que faz para evitá-lo: fica mais cautelosa ao começar um novo relacionamento. Nesta etapa existe o perigo de que a pessoa se envolva, quase sem dar-se conta, em outro relacionamento abusivo. É importante que se ajude à pessoa a entender o relacionamento entre o que lhe fez falta na sua infância e suas necessidades atuais. Com isto, deve-se avaliar como este relacionamento abusivo em particular lhe levou a crer que suas necessidades emocionais estavam sendo satisfeitas.
Deve-se determinar se a vítima aceita ou nega a existência do abuso. Ao aceitá-lo, a vítima tem mais possibilidades de ser ajudada, já que pode entender o relacionamento entre suas necessidades e a satisfação que obtém através deste relacionamento. O conselheiro deve exercitar sua paciência se a vítima nega ou justifica a realidade de um relacionamento abusivo, já que uma confrontação desnecessária poderia amedrontá-la. Se a vítima não reconhece ou justifica o abuso, uma meta realista poderia ser informá-lo dos elementos do abuso de autoridade, para que depois possa observar o relacionamento e chegar à suas próprias conclusões. O conselheiro deve procurar avaliar se a vítima se envolveu previamente em algum outro relacionamento abusivo. Se este for o caso, a pergunta é: Como fez para terminar aquele relacionamento? Se existiu algo positivo, como se pode utilizar estes elementos? Lamentavelmente, é comum encontrar que a vítima esteve em relacionamentos prévios abusivos e talvez se converteu em um dissidente amargurado. O conselheiro deve ajudar à vítima a analisar o que é que as outras pessoas fora do relacionamento pensam dela, especialmente amigos íntimos e familiares. É bem possível que as pessoas mais chegadas à vítima já expressaram opiniões negativas. O conselheiro poderia usar da retro-alimentação de outros em seu processo de aconselhamento. Isto é útil para que a pessoa que está tentando ajudar esteja em uma posição de menor confrontação. Isso é muito importante já que sempre existe o risco de que quando os elementos negativos do relacionamento saiam à luz, ou sejam entendidas pela vítima, estas queira terminar o relacionamento de aconselhamento. Trata-se de uma reação normal, porque a pessoa começa a sentir-se envergonhada ou acusada.Ajude à vítima a avaliar a forma em que mudou desde que começou o relacionamento abusivo. Isso pode levá-la a ver com seus próprios olhos o processo negativo do relacionamento. Também ajudará a pessoa entender e a avaliar as perdas físicas, sociais, ou espirituais que teve por causa do relacionamento abusivo.
Ajude à vítima a avaliar suas habilidades e potenciais positivos. Em alguns casos, tem vivido por tanto tempo em função de seu líder que necessita aprender de novo como viver em função de si mesmo e da sua família. Por exemplo, a vítima pode precisar de ajuda em como estabelecer metas pessoais ou como administrar o tempo.
É possível que a vítima queira permanecer no relacionamento ou manter-se dentro da organização, mas já tem uma noção do abuso de autoridade. Assim sendo, o conselheiro pode ajudar a vítima a encontrar formas para ser mais assertivo, quer dizer, a maneira mais apropriada de pôr e comunicar limites em relação as suas responsabilidades de trabalho, salário, horário e tempo livre.
Em alguns casos, quando a vítima de abuso de autoridade percebe o abuso, pode experimentar uma irritação e, conseqüentemente, o desejo de confrontar o seu líder. Neste caso, é aconselhável que explorem juntos como esta confrontação possa ser feita da forma mais construtiva.A vítima pode experimentar tristeza por causa da perda do relacionamento. Se for o caso, primeiro ajuda a pessoa a identificar esta dor. É bem possível que o líder espiritual abusivo aprecie sinceramente a vítima, mas, sem dar-se conta, que o fazia de forma egoísta. A dor que a vítima experimenta estará ligado ao fato de que alguns vêem em seus líderes características de pessoas que desejavam que fizessem parte de sua infância, mas que nunca existiram.
Ajude à vítima a entender seus sentimentos de irritação ou ressentimento em relação ao seu líder ou em relação a si mesma. Algumas vítimas tendem a maltratar-se ao descobrir que permitiram o abuso. É importante ajudar a vítima a identificar e descobrir estes sentimentos negativos. Em alguns casos, a vítima utiliza mecanismos auto-destrutivos quando fica deprimida, por exemplo: o isolamento. Em minha experiência, exige tempo para vencer os sentimentos de dor. É recomendável que, em lugar de pressionar para que a vítima os esqueça ou ignora de forma imediata, quem está ajudando se junte a ela para assessorá-la sobre como tornar estes sentimentos mais manejáveis. Considerando-se que, se a pessoa mantêm um caminhar espiritual estável, logo começará a manifestar os frutos do Espírito e, conseqüentemente, será mais fácil perdoar.
Avalie se a vítima tem sido abusiva com alguém mais. É possível que a vítima imite o comportamento abusivo de seu líder. Se este for o caso, ajude ela a fazer restituições, como, por exemplo, ir e pedir perdão às pessoas que ela tem abusado.
Se a vítima tem saído da igreja local ou ministério e não deseja retornar a sua igreja, não se deve pressionar essa questão até que a pessoa esteja pronta. Se ela quiser voltar para a igreja, assegure-se de que você ou alguém familiarizado com o caso dê apoio ao processo de re-ingresso. Há um risco para a vítima ao começar a congregar-se ou servir, já que é muito sensível a qualquer coisa que possa ser interpretada como manipulação.
É importante também ser sensível a como a vítima percebe seu relacionamento pessoal com Deus. Algumas sentem amargura ao pensar que Deus foi injusto com elas; outras encontram dificuldade em orar. O conselheiro deve ser sensível a isto, já que forçá-las prematuramente pode trazer danos outra vez e então deve esperar que a vítima demonstre estar pronta para acertar-se com Deus. Na minha experiência, os que ajudam com maior eficácia são aqueles que em lugar de levar as pessoas a Deus apressadamente, permitem que elas vejam a Deus através de sua disponibilidade, amor, tolerância, compreensão, etc.
Encaminhe a vítima a um grupo de apoio onde possa expressar seus sentimentos e sentir-se compreendida e apoiada; assegure-se de que o grupo tenha uma liderança madura e adequada. Estimule a vítima a se envolver em um estudo bíblico que trate de modelos bíblicos de autoridade.É possível ajudar a restauração da vítima de um líder espiritual abusivo entendendo que um ciclo de abuso que se desenrolou durante muitos anos não se pode romper com facilidade ou em umas poucas sessões de aconselhamento. Ironicamente, um conselheiro ansioso de ajudar tende a impor soluções que repetem o mesmo padrão de manipulação do líder abusivo. Os conselheiros mais efetivos são aqueles que são prudentes e sabem discernir o tempo de fazer luto junto com a vítima pelas perdas sofridas, o tempo de escutá-la e o tempo de confrontar...
Para que haja uma recuperação dos males causados pelo abuso espiritual, é preciso que a vítima entenda o que aconteceu, por que aconteceu, e como aconteceu. Ela também precisa entender que ela não é a única pessoa vitimada por esse tipo de abuso. Ela deve procurar grupos de apoio, e ser contínua e pacientemente ensinada sobre a graça de Deus. Os grupos de apoio são necessários não só para que a vítima seja ministrada pelo grupo, mas também para que ela possa usar sua experiência para ministrar a outras vítimas, o que é essencial para a sua recuperação.
A vítima também deve procurar eventualmente perdoar os que a abusaram. Normalmente alguns anos são necessários para que uma vítima de abuso espiritual possa ser totalmente restaurada.
Para que haja uma recuperação dos males causados pelo abuso espiritual, é preciso que a vítima entenda o que aconteceu, por que aconteceu, e como aconteceu. Ela também precisa entender que ela não é a única pessoa vitimada por esse tipo de abuso. Ela deve procurar grupos de apoio, e ser contínua e pacientemente ensinada sobre a graça de Deus. Os grupos de apoio são necessários não só para que a vítima seja ministrada pelo grupo, mas também para que ela possa usar sua experiência para ministrar a outras vítimas, o que é essencial para a sua recuperação.
A vítima também deve procurar eventualmente perdoar os que a abusaram. Normalmente alguns anos são necessários para que uma vítima de abuso espiritual possa ser totalmente restaurada.