A vida é feita de esperas. Espera-se praticamente tudo. Relativamente, todos esperam. Alguns simplesmente preferem não esperar e destemidos seguem um curso de vida duvidoso e muitas vezes volúvel.
Os que esperam... Como sofrem! Durante o tempo que passa as opiniões mudam, as palavras mudam, até o corpo muda, mas a espera, essa continua a mesma, com o mesmo peso, com o mesmo sofrer... Alguns são forçados a aprender a esperar e nessa lição nem sempre se tira um 10, talvez por isso sejamos tão impacientes.
É importante mencionar que durante essa espera as escolhas tornam-se mais difíceis e não se deve olhar apenas para o presente, mas sim, fundamentar nossas escolhas num “se” atrelado às várias possibilidades futuras... E geralmente nos passa despercebido que essas mesmas escolhas derivam de alternativas que na verdade são delimitações, parte de um jogo onde nós somos os atores, o mundo é o palco principal e o enredo é escrito a partir de nossas desilusões.
Há quem espere a morte, há os que esperam uma pequena vida, há os que esperam não esperar e há até os que esperam sem perceber. Espera-se à noite, a noiva, a lua, os sonhos, as horas... Mas existem coisas que não se esperam, tais como doenças, roubos, problemas e mesmo assim, elas vêm...
Alguns esperam que um amor antigo renasça, outros esperam por um novo amor, alguns esperam uma palavra de consolo, um sorriso, um olhar, um “eu te amo”, um perdão...
Você o que espera? Um carro, bom emprego, riqueza, felicidade, saúde, pois bem, isso pode não vir. Por isso procure esperar o que é mais certo. Desejos, sonhos e objetivos mudam com o tempo, mas você sempre será o mesmo!
Então, espere o bater das ondas nas pedras, mas se proteja, não mergulhe, se estiver no raso você poderá pular as ondas... E ver que a tua espera foi tão bela como estas ondas que você facilmente pulou e que a vide te tornou tão forte quanto o mar que está sob seus pés.
Fonte: Crônicas de Afeto
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