domingo, 15 de agosto de 2010

A banalização do “eu te amo” nas igrejas evangélicas


Tenho observado que em algumas igrejas evangélicas da modernidade, principalmente as mais “avivadas” que muitos dizem “eu te amo” da boca para fora, sem saber o que realmente seja amar alguém. Os líderes dessas igrejas programam e reprogramam seus fieis para repetirem a frase como um chavão: “Olhe para o seu irmão ao lado e diga: eu te amo!”

Muitas pessoas que se dizem “crentes” dizem “eu te amo” para o seu irmão durante o culto na tentativa de obedecer a voz do seu líder espiritual porém ao reencontrar o irmão numa outra oportunidade não colocam esse amor em prática. Quanta ilusão pensar que amam de verdade, quanta bobagem em nome da emoção do momento!

Jamais houve um tempo em que a expressão “eu te amo” tenha sido banalizada de forma tão exacerbada. O amor, um sentimento tão sublime e tão mencionado nas sagradas escrituras hoje se torna fútil e mesquinho para muitos desvairados e desavisados do que realmente significa amar alguém. O chavão tem servido para conquistar almas e mais almas para a igreja e com isso lotar os templos.

Em contrapartida nunca houve um tempo em que pessoas estivessem se sentindo tão mal amadas e tão carentes de amor. E a carência acaba aumentando quando percebem que não são amadas genuinamente mas sim por interesses pessoais. Isso dói e muito.

Quem dera pudessem absorver o que se passava na mente de Jesus! Ele passou parte do seu ministério aqui na terra divulgando várias mensagens de exortação a prática do amor: “ame os seus inimigos” “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” “Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso.” “ O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.” “O amor seja sem fingimento.”

Podemos expressar o amor de inúmeras maneiras, não necessariamente dizendo “eu te amo” mas com atitudes pois amor é atitude! Sabemos que não é fácil praticar o amor descrito em I Coríntios 13 mas devemos rever nossos sentimentos e começar a praticar o amor sem fingimento, o qual Jesus foi o primeiro a dar testemunho.



Fonte: Libertos do Opressor
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