domingo, 15 de agosto de 2010

O Ministério da Saúde adverte: A pedofilia é legal. Governo Lula distribuirá camisinhas para crianças de 10 anos em escolas

Escolas públicas de Florianópolis, João Pessoa e Brasília serão as primeiras.
O que você acha de o governo distribuir camisinhas para crianças de 10 anos nas escolas?

Distribuir camisinhas para crianças de dez anos — como pretende fazer o Ministério da Saúde — é um ato mentalmente insano, socialmente imoral e juridicamente criminoso

Como se não bastassem as bacanais diuturnamente mostradas pela televisão, agora, o Ministério da Saúde — aparelho ideológico da depravação homossexual — pretende instituir a pedofilia como política pública. Até o final deste semestre, o governo federal deve anunciar sua nova estratégia de combate à Aids — a distribuição de camisinhas para crianças da rede pública de ensino a partir dos dez anos de idade. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, publicada em 16 de março último, essa nova estratégia de prevenção à Aids deve ser anunciada pelo Ministério da Saúde até o final deste semestre. A medida, que em outros tempos levaria seus autores à camisa-de-força (única forma de se livrarem da cadeia devido ao crime de pedofilia), conta com o respaldo praticamente unânime da comunidade acadêmica.

Possivelmente temendo reações negativas, o Ministério da Saúde tentou desmentir a notícia da Folha de S. Paulo. No dia seguinte à publicação da reportagem, o Programa DST Aids do Ministério da Saúde veiculou uma nota oficial em que alega que “o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas não tem a intenção de distribuir preservativos para crianças de 10 anos”. E reitera: “O projeto prevê a disponibilização de preservativos nas escolas públicas para adolescentes na faixa etária de 13 a 24 anos, somente quando a escola inserir estes temas em seus planos pedagógicos, a partir de uma ampla discussão com os alunos, pais, professores e comunidade escolar e com o consentimento dos mesmos, definindo inclusive quais as melhores estratégicas para a orientação e entrega do preservativo”. A nota insiste que esse projeto “tem por princípio a participação de toda a comunidade escolar, incluindo os adolescentes e pais na implementação de suas ações”.

Todavia, o desmentido do Programa de DST Aids do Ministério da Saúde é extremamente dúbio. Quando diz que a distribuição de preservativos nas escolas conta com a participação de toda a comunidade escolar, incluindo alunos e pais, isso significa que, na prática, a política de prevenção da Aids é determinada pelos alunos, porque eles são sempre maioria esmagadora nas escolas. Se quiserem receber preservativos, quem vai lhes dizer não? O professor, que já não tem autoridade sequer para avaliá-los, ou os pais, muito ocupados na luta pela sobrevivência? Não há dúvida que o Ministério da Saúde quer, de fato, distribuir camisinhas para crianças. Ele é formado por profissionais oriundos das universidades brasileiras e, dentro delas, a permissividade é quase um valor. O intelectual brasileiro é filho do Maio de 68 e, mesmo que na prática seja um Catão, em teoria é um Sade.

Prova disso é que na reportagem em que a Folha de S. Paulo revelou as intenções do Ministério da Saúde, todos os especialistas ouvidos concordaram taxativamente com a proposta. Um exemplo é a psicóloga Maria Cecília Pereira da Silva, do Grupo de Trabalho e Pesquisa de Orientação Sexual do Conselho Federal de Psicologia, doutoranda na PUC de São Paulo e autora de vários livros, entre eles, Sexo se Aprende na Escola. Em defesa da distribuição precoce de preservativos para crianças, Cecília Pereira argumentou: “A vida sexual não começa aos 10 anos. Mas para a saúde pública o acesso à camisinha é legal, contanto que seja acompanhada de uma orientação adequada e sistemática, na qual a criança possa refletir, discutir e ser responsável pelas suas escolhas”.

Que não se pergunte à “doutora” Cecília como fazer para que uma criança de dez anos seja um “menino-jesus-entre-os-doutores”, capaz de refletir, argumentar e fazer escolhas, ainda por cima num terreno tão pantanoso quanto o da sexualidade, que envolve muito mais emoção do que razão. E, notem os leitores, essa senhora não é uma psicóloga qualquer — Cecília Pereira é integrante de um grupo de pesquisa do próprio Conselho Federal de Psicologia. Ou seja, apesar de sua mentalidade insana (pois se não fosse insana, seria forçosamente imoral e criminosa), trata-se de uma profissional que dita os rumos da psicologia no país, uma vez que faz parte da mais alta instituição da área. Não se deve esquecer que, a exemplo dos demais conselhos profissionais, o Conselho Federal de Psicologia pontifica sobre as questões éticas que envolvem os psicólogos.

Infelizmente, Maria Cecília não é exceção, mas a regra. Na mesma reportagem da Folha de S. Paulo, o professor Áderson Costa, do Departamento de Psicologia Escolar e Desenvolvimento da UnB e pós-doutor em psicologia pela Unicamp, disse que distribuir preservativos para crianças de dez anos não gera permissividade nem viola a infância. “Uma criança de três anos pode ter orientação sexual, mas adequada ao seu nível de compreensão”, disse ele à Folha. E acrescentou taxativamente: “Aos 10, 11 anos acaba a infância. Nessa hora a informação é bem-vinda”. Diante dessa afirmação, qualquer pai ou mãe de família tem o direito de perguntar ao “pós-doutor” Áderson: “Caso o senhor tenha uma filha de dez anos, considera que a infância dela acabou e que ela deve trocar urgentemente a boneca pelo preservativo?”

Mas não convém que pais e mães indignados entrem na intimidade do psicólogo Áderson Costa. Não em respeito à sua opinião estapafúrdia, mas em deferência a seus possíveis filhos e também ao trabalho que ele desenvolve com crianças vítimas de câncer. Levando em conta que Áderson Costa parece não atuar na área de sexualidade (de acordo com o seu currículo Lattes no CNPq), pode ser que, diante da pergunta do jornal, ele tenha apenas ecoado a permissividade reinante na universidade brasileira, sem ser, necessariamente, um defensor dela. Portanto, exigir do seu raciocínio o mínimo de coerência já é suficiente para desmascarar a completa irracionalidade em que se assenta. Se, como diz o psicólogo Áderson Costa, a infância de uma menina acaba aos dez anos, a ponto de ser necessário dar-lhe preservativos na escola, porque a infância de traficantes, estupradores e latrocidas mirins se estende até os 17 anos e 364 dias, de acordo com o famigerado Estatuto da Infância e Adolescência, defendido, com unhas e dentes por quase todos os intelectuais brasileiros?

Apesar de insana, imoral e criminosa sob todos os aspectos, a idéia de antecipar a distribuição de preservativos para crianças de apenas dez anos finge alicerçar-se em pressupostos científicos. Ao longo dos últimos anos, várias pesquisas do setor de saúde têm enfatizado problemas como a gravidez precoce entre meninas com idade de 10 a 14 anos. Segundo dados do Sistema Único de Saúde, citados na reportagem da Folha, entre 1998 e 2003, o número de partos de adolescentes com 15 a 19 anos caiu 21 por cento, enquanto entre as meninas de 10 a 14 anos, o número permaneceu na média de 28 mil partos ao ano. Além disso, em 2004, das quase 49 mil jovens que foram atendidas no SUS para curetagem pós-aborto, geralmente em função de abortamento clandestino, 2.711 estavam na faixa etária dos 10 aos 14 anos.

Esses indicadores, que supostamente justificam a distribuição de preservativos para crianças a partir dos 10 anos, são repetidos à exaustão em todas as páginas virtuais de organizações de saúde que trabalham na prevenção da Aids. Incrível é que nenhum pesquisador brasileiro parece ter percebido que se trata de uma aberração epistemológica equiparar numa só faixa etária uma menina-carrapicho de 10 anos com uma mulher-em-botão de 14 anos. Esses quatro anos que separam as duas pontas da variável significam nada menos que 40 por cento da existência da criança de 10 anos. Ou seja, é uma vida. Porque, nessa fase, as mudanças são céleres. E as mudanças sexuais, que possibilitam a gravidez, como seios, menarca, desejo, pelos pubianos, ocorrem geralmente aos 12 anos. Uma gravidez aos 14 anos é socialmente indesejável; aos 10 anos, é biologicamente anômala. Como podem figurar juntas na mesma variável?

Distribuir preservativos para crianças de dez anos é assassinar a infância. Aliás, é o que já vem acontecendo no país, como se percebe numa reportagem sobre preservativos publicada em 15 de julho de 2002, no Diário de Cuiabá. Depois de observar que os jovens não estavam usando preservativos em todas as relações, a repórter Joanice de Deus escreve: “No Brasil, tem se transado mais, cada vez mais cedo, e ainda de forma imprudente. Para virar o jogo, os 53 milhões de brasileiros entre 10 e 24 anos precisam entender que fazem parte da geração em que a prática do sexo não é mais apenas uma questão de prazer”. A repórter nem percebeu que colocou no mesmo balaio uma criança de 10 anos e um adulto de 24. E não é por ser leiga. Num balanço de suas atividades, em abril de 2004, a Coordenadoria da Mulher da Prefeitura de São Paulo, na gestão de Martha Suplicy, fez a mesma coisa. Fala em planejamento familiar para “mulheres em idade reprodutiva dos 10 aos 24 anos”.

Só num país com uma ciência tão desqualificada é que um ministério alicerça uma política de saúde com base em dados tão errôneos. Ao arrolar crianças de dez anos ao lado de adolescentes de 14 anos em todas as estatísticas de parto, as autoridades de saúde brasileiras naturalizam a pedofilia. É como se fosse normal uma criança de 10 anos fazer sexo e, ainda por cima, ficar grávida. Mas qualquer pessoa de bom senso sabe que, entre os milhares de partos e abortos praticados entre crianças de 10 a 14 anos, a maioria se deu na extremidade máxima dessa faixa etária. Gravidez e aborto aos dez anos é minoria estatisticamente insignificante. Aos 14 anos, uma menina pode ficar grávida de um namorado um pouco mais velho. Mas aos 10 anos, só ficará grávida de um maníaco sexual. Que outra espécie de gente desejaria seu corpinho nessa idade? Portanto, o seu caso não é de saúde, mas de polícia


Fonte: Jornal Opção
-----------------