Na Bíblia de Werner Kaschel, onde aparecia o termo “verbo”, agora se lê “palavra”. O substantivo “caridade” foi trocado por “amor”.
Descendente de alemães, Werner nasceu em Campinas e se tornou pastor da Igreja Batista. Por mais de duas décadas, trabalhou como tradutor da Sociedade Bíblica do Brasil, onde integrou a Comissão de Tradução da Bíblia na Linguagem de Hoje. O primeiro volume saiu em 1988.
O trecho “E a terra era sem forma e vazia”, por exemplo, virou “A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava coberta por um mar profundo”. A última revisão da NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje) foi em 2000. Werner colaborou com a sociedade até 2008.
Em entrevista recente, disse: “Ao revisar a tradução bíblica, é preciso levar em conta que a palavra de Deus deve ser simples e compreendida por todos. E isso inclui ricos, pobres, cultos e incultos”.
O pastor reconhecia que a nova versão não era uma unanimidade. “A impressão é que muita gente gosta da Linguagem de Hoje, mas ainda existem reações contrárias a ela, pois algumas pessoas estão acostumadas com a velha tradução”, afirmou.
Doutor em teologia, Werner foi pastor em Americana, São Paulo e Rio. Nos anos 60, dirigiu o Colégio Batista Brasileiro. Também comandou a Faculdade Teológica Batista de SP, de onde saiu em 1989.
Traduziu hinos religiosos e escreveu livros. Poliglota, era especialista em hebraico.
Nos últimos anos, havia perdido a visão. Morreu na segunda, aos 88, de complicações de uma pneumonia. Deixa viúva, filha e neta.
Fonte: Folha On-line
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Descendente de alemães, Werner nasceu em Campinas e se tornou pastor da Igreja Batista. Por mais de duas décadas, trabalhou como tradutor da Sociedade Bíblica do Brasil, onde integrou a Comissão de Tradução da Bíblia na Linguagem de Hoje. O primeiro volume saiu em 1988.
O trecho “E a terra era sem forma e vazia”, por exemplo, virou “A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava coberta por um mar profundo”. A última revisão da NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje) foi em 2000. Werner colaborou com a sociedade até 2008.
Em entrevista recente, disse: “Ao revisar a tradução bíblica, é preciso levar em conta que a palavra de Deus deve ser simples e compreendida por todos. E isso inclui ricos, pobres, cultos e incultos”.
O pastor reconhecia que a nova versão não era uma unanimidade. “A impressão é que muita gente gosta da Linguagem de Hoje, mas ainda existem reações contrárias a ela, pois algumas pessoas estão acostumadas com a velha tradução”, afirmou.
Doutor em teologia, Werner foi pastor em Americana, São Paulo e Rio. Nos anos 60, dirigiu o Colégio Batista Brasileiro. Também comandou a Faculdade Teológica Batista de SP, de onde saiu em 1989.
Traduziu hinos religiosos e escreveu livros. Poliglota, era especialista em hebraico.
Nos últimos anos, havia perdido a visão. Morreu na segunda, aos 88, de complicações de uma pneumonia. Deixa viúva, filha e neta.
Fonte: Folha On-line
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