segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Dica de Livro: A Linguagem do Amor - Valter José

Bem vindos ao mundo real do casamento, onde toalha molhada será esquecida em cima da cama, fios de cabelo sempre estarão entupindo a pia e respingos da pasta de dente estarão no espelho. Brigas aconteceram por causa do lado de se colocar o papel higiênico: se a folha deve ser puxada por baixo ou por cima. É uma realidade diferente onde os sapatos não andam até o guarda-roupa e as gavetas não fecham sozinhas; os paletós não gostam de cabides e pés de meia andam passeando pela sala. Sim é nesta realidade que os nervos, as vezes, fica a flor da pele; um olhar pode machucar, uma palavra pode desmontar. Cônjuges podem tornar-se inimigos e o casamento um campo de batalha.

Se assustou? Hum? Pois pode acreditar isso tudo e mais um pouco acontece num casamento.

“Se não der certo a gente se separa”. Já ouvi alguns casais de namorados dizerem isto. Vivemos a ERA do descartável. Tudo começou com fraldas e garrafas, na sequência vieram copos, pratos, talheres e etc. Com o passar dos anos, a idéia do descartável virou um sucesso total. É amizade descartável, namoro descartável, casamento descartável. Como se o casamento fosse de plástico ou tivesse prazo de validade.

Anos atrás ouvíamos palavras bonitas em relação ao amor, tais como: “O amor nunca acaba”, ou; “O amor é eterno”. Entretanto, com o passar do tempo muitas coisas têm mudado. Hoje em dia o que se houve falar é que amor não dura para sempre, ou que ele não existe, mas como podemos dizer que o amor é inexistente para um casal que estão juntos há 30, 40, 50 e até mais anos e a maioria deles desfrutam de muito afeto, respeito e carinho?

Na realidade quando ocorre um desajuste no matrimônio, a responsabilidade pelo problema não é apenas de um ou outro, mas sim de ambos. Mesmo que as coisas apontem para um único responsável, o casal precisa assumir a responsabilidade de resolver os problemas juntos. E é exatamente ai que esta a questão. Há ditado que diz: “Quando um não quer dois não brigam”. Pois bem, para vivemos, e vivermos bem, em nossa geração, onde as pessoas e seus relacionamentos têm se tornado tão sem valor, é necessário acima de tudo: Renuncia. Creio que seja a palavra mais apropriada para uma geração onde o EU é quem prevalece. Onde, “EU sempre tenho razão”, onde, “EU não volto atrás”. As pessoas estão muito individualistas, fazem só aquilo que as agrada, não valorizando os anseios e desejo do outro, e quando isso acontece a relação passa a ser um jogo de disputa.

A receita, então para a longevidade no casamento é, sem dúvidas, a renuncia. É saber que cada uma das partes tem que saber ceder. O dicionário define a palavra renuncia assim: Desistir daquilo a que se tem direito, abdicar, resignar. Isso significa satisfazer o desejo do outro, e isso deve ser feito com muita paixão.

Você sabia que a palavra perdão vem da raiz da palavra perder. Então, tá esperando o que? “Perca” um pouco, mas faça seu casamento durar mais.


Fonte: Pr. Valter José em seu Livro “A Linguagem do amor”
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