Você com certeza já ouviu que não existe diferença entre pecado, pecadinho e pecadão. Teologia estranha essa... Confudir pecadinho com pecadão é como cuar mosquito e engolir camelo. E pelo jeito a carne de camelo está tomando lugar no cardápio brasileiro.
Tenta-se convencer as pessoas de que pecado é pecado independente do tamanho - diga-se de passagem, isto é tão óbvio como dizer que banana é banana independente do tamanho. Mas não precisamos argumentar muito sobre isto, basta lembrarmos da afirmativa que Jesus fez a Pilatos: "Aquele que me entregou a ti maior pecado tem", Jo 19.11. Num português claro, Jesus está dizendo que essa pessoa tinha um pecadão.
Tenta-se convencer as pessoas de que pecado é pecado independente do tamanho - diga-se de passagem, isto é tão óbvio como dizer que banana é banana independente do tamanho. Mas não precisamos argumentar muito sobre isto, basta lembrarmos da afirmativa que Jesus fez a Pilatos: "Aquele que me entregou a ti maior pecado tem", Jo 19.11. Num português claro, Jesus está dizendo que essa pessoa tinha um pecadão.
Negligenciar o grau, ou tamanho do pecado é tão perigoso como desconsiderar o tamanho do amor.
Segundo nosso Mestre, maior amor tem aquele que dá a sua vida por seus amigos (note que não é por seus inimigos). Ele também nos ensina que o tamanho do amor, para nós pecadores, está diretamente relacionado com o tamanho da dívida, ou melhor dizendo, do perdão. Aquele a quem mais foi perdoado mais ama. Dar o valor correto à obra de Jesus, ao seu perdão e à sua graça, é um pré-requisisto para segui-lo e ser discipulado por ele. Sobre esse tema escreveu muito bem o teólogo alemão Bonhoeffer, o qual também pagou com sua própria vida por levantar-se em favor dos valores cristãos contra os absurdos do sistema nazista.
É verdade que todo e qualquer pecado separa o homem de Deus, e que a graça de Deus superabunda onde o pecado abundou. Deus, em seu amor infinito, perdoa até as maiores dívidas humanas. Seus tesouros são inesgotáveis. Mas isso não é uma licença para um caos moral. Roubar um ovo é bem diferente de assassinar o dono da galinha. E o estilo musical do louvor no domingo é um tema pra lá de secundário, enquanto está havendo idolotria, avareza, adultério e roubo de segunda a sábado.
É nossa tarefa como cristãos (evangélicos ou não), que amamos ao Senhor, nos posicionarmos firmemente contra os absurdos que acontecem dentro ou fora do meio eclesiástico. Onde está nossa ira santa? Nosso zelo? A mídia, muitas vezes, banaliza coisas abomináveis. Assim, a tolerância com coisas intoleráveis passa a ser nosso padrão de conduta. Nos contentamos em orar, em pregar ou escrever sobre o assunto, mas nunca partimos para uma ação concreta. Ou ainda quando agimos, faço isso isoladamente, tranquilizando minha consciência achando assim que “fiz minha parte”. Antes não entedia bem a atitude de Jesus ao pegar no chicote, mas hoje dou graças a Deus, que existe uma grande diferença entre o nosso Senhor e Gandhi. Não podemos mais ficar nos escondendo atrás de uma mansidão que só revela covardia, enquanto milhares de inocentes pagam com suas vidas. Uma teologia inteligente e coerente que leve à prática é o que conduz à transformação de nossas mentes e ao inconformismo com esse mundo e os crimes hediondos que nele ocorrem. E somente bem organizados é que conseguiremos agir eficazmente contra os pecadões que estão se alastrando pelo nosso Brasil a fora.
Fonte: Rogério Brandão Ferreira em Cristianismo Hoje
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Segundo nosso Mestre, maior amor tem aquele que dá a sua vida por seus amigos (note que não é por seus inimigos). Ele também nos ensina que o tamanho do amor, para nós pecadores, está diretamente relacionado com o tamanho da dívida, ou melhor dizendo, do perdão. Aquele a quem mais foi perdoado mais ama. Dar o valor correto à obra de Jesus, ao seu perdão e à sua graça, é um pré-requisisto para segui-lo e ser discipulado por ele. Sobre esse tema escreveu muito bem o teólogo alemão Bonhoeffer, o qual também pagou com sua própria vida por levantar-se em favor dos valores cristãos contra os absurdos do sistema nazista.
É verdade que todo e qualquer pecado separa o homem de Deus, e que a graça de Deus superabunda onde o pecado abundou. Deus, em seu amor infinito, perdoa até as maiores dívidas humanas. Seus tesouros são inesgotáveis. Mas isso não é uma licença para um caos moral. Roubar um ovo é bem diferente de assassinar o dono da galinha. E o estilo musical do louvor no domingo é um tema pra lá de secundário, enquanto está havendo idolotria, avareza, adultério e roubo de segunda a sábado.
É nossa tarefa como cristãos (evangélicos ou não), que amamos ao Senhor, nos posicionarmos firmemente contra os absurdos que acontecem dentro ou fora do meio eclesiástico. Onde está nossa ira santa? Nosso zelo? A mídia, muitas vezes, banaliza coisas abomináveis. Assim, a tolerância com coisas intoleráveis passa a ser nosso padrão de conduta. Nos contentamos em orar, em pregar ou escrever sobre o assunto, mas nunca partimos para uma ação concreta. Ou ainda quando agimos, faço isso isoladamente, tranquilizando minha consciência achando assim que “fiz minha parte”. Antes não entedia bem a atitude de Jesus ao pegar no chicote, mas hoje dou graças a Deus, que existe uma grande diferença entre o nosso Senhor e Gandhi. Não podemos mais ficar nos escondendo atrás de uma mansidão que só revela covardia, enquanto milhares de inocentes pagam com suas vidas. Uma teologia inteligente e coerente que leve à prática é o que conduz à transformação de nossas mentes e ao inconformismo com esse mundo e os crimes hediondos que nele ocorrem. E somente bem organizados é que conseguiremos agir eficazmente contra os pecadões que estão se alastrando pelo nosso Brasil a fora.
Fonte: Rogério Brandão Ferreira em Cristianismo Hoje
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