quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Um casal cristão, pode cultivar fantasias sexuais?

Até onde um casal evangélico pode ir em suas fantasias sexuais?

Antes de mais nada, as fantasias sexuais pertencem ao imaginário sexual de todo homem e mulher e elas envolvem os cinco sentidos: o olfato, a visão, o tato, o paladar e a audição. Todas as pessoas sexualmente ajustadas, podem ter, mesmo que nunca tenham experimentado, algum tipo de fantasia sexual.
Elas estão presentes no imaginário masculino e feminino para aumentar o prazer sexual, pois induz à excitação e em alguns casos faz com que o ambiente sexual do casal se torne divertido. Além de proporcionar ao casal uma variação nas relações sexuais, as fantasias sexuais são excitantes porque ativam o hipotálamo. Durante o processo da fantasia sexual, o hipotálamo libera uma grande descarga de noradrenalina, endorfina, dopamina na corrente sanguinea. Todas essas substância estimulam o desejo sexual, além de proporcionar euforia e bem-estar.

A fantasia sexual na Bíblia

O sexo é uma criação de Deus. Quando Deus criou homem e mulher, ele dotou a cada um de nós de glândulas e órgãos sexuais. Embora a Bíblia seja a carta de amor de Deus ao homem, nela encontramos vários textos que ressaltam a beleza do sexo na vida de um homem e de uma mulher.

O livro de Cantares de Salomão, por exemplo, é um livro que descreve a beleza da sexualidade entre um homem e uma mulher. Na relação daquele casal havia espaço para as fantasias sexuais envolvendo o olfato (Ct 4.10), as carícias (7.3) e lugares diferentes (7.12,13).

Os limites bíblicos

Muitos desenvolvem fantasias sexuais que não são permitidas para um casal cristão. Desejar participar de sexo grupal, que é uma fantasia sexual, a Palavra de Deus é contrária. Deus instituiu o sexo para ser desfrutado dentro do casamento e com o cônjuge exclusivamente (Lv 18.20; Pv. 5.15; Hb 13.4).

A presença de terceiros na relação sexual do casal, mesmo que seja virtualmente, como nos casos de filmes ou revistas pornográficas, Deus não se agrada e não é de Sua vontade. A Bíblia também condena o sexo entre pessoas do mesmo sexo (Lv 18.22), com animais (Lv 18.23) e com parentes próximos (Lv 18. 6-18).

Outros limites

Na fantasia sexual há de estar presente algumas perguntas:

Há privacidade? Há constrangimento no outro? Há liberdade entre o casal? Traz risco para a saúde?
Quando uma fantasia sexual fere o princípio da privacidade visual ou auditiva, deve ser evitada. A relação sexual é algo que deve ser compartilhada a dois e não para terceiros verem ou ouvirem. Os cônjuges devem também respeitar os limites um do outro. Se o marido deseja fazer sexo com sua esposa sobre a mesa da sala, mas para a esposa é constrangedor, esse deve respeitar sua esposa como prova de amor.

Sexo no casamento deve ser associado a prazer de ambos, expressão de carinho e não de dor e constrangimento ao cônjuge ou a terceiros.

Cuidado!

Embora sejam, até certo ponto, saudáveis para a vida sexual do casal, as fantasias sexuais podem ser perigosas. Se um casal, em todas as relações sexuais, precisar de uma fantasia isso pode ser um sinal de anomalia.

Um outro aspecto da questão: Se para ter prazer sexual é preciso receber tapas, ser amordaçado ou chicoteado, é sinal de que algo não está bem no aspecto psicológico. Nesses casos é preciso ajuda de um profissional, de um terapeuta para ajudar o indivíduo e o casal na busca das razões desses comportamentos sado-masoquistas.

Portanto, no cultivo da fantasia sexual todos esses pontos devem ser levados em conta. Quando um casal mantém um diálogo aberto sobre sua vida sexual, busca a vontade de Deus e procura respaldar suas práticas sexuais à luz da Bíblia é plenamente ser feliz e realizado sexualmente.



Fonte: Gilson Bifano no Click Família
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