domingo, 11 de novembro de 2012

Igreja Renascer usa nome “Som do Céu” para shows e é alvo de protestos; Evento pertence à Mocidade Para Cristo há 29 anos

A Igreja Renascer em Cristo se envolveu numa polêmica devido à utilização indevida da marca “Som do Céu”, pertencente à Mocidade Para Cristo, num evento que a denominação está promovendo.

O “Som do Céu” é um evento promovido há 29 anos pela Mocidade Para Cristo, atualmente liderada por Marcelo Gualberto.

Após a divulgação do cartaz do evento com o nome “Som do Céu”, sem autorização dos responsáveis pela marca, inúmeros protestos foram registrados nas redes sociais. Dentre as manifestações, foram registrados pronunciamentos sobre o assunto de nomes como Nelson Bomilcar, Carlinhos Veiga e até o pastor Zé Bruno (ex-bispo primaz da Igreja Renascer).

Zé Bruno ressaltou em seu perfil no Twitter, a necessidade de respeitar a história que o tradicional evento cristão da Mocidade Para Cristo: “MPC e Som do Céu, 29 anos de história que não pode ser atropelada”.

Marcelo Gualberto publicou no perfil da MPC no Facebook, uma nota informativa a respeito do episódio, e reafirmou não ceder a marca Som do Céu para uso pela Renascer em Cristo, destacando o fato de o evento da denominação liderada por Estevam Hernandes cobrar ingressos.

Quero me posicionar, como diretor nacional da MPC, sobre o Som do Céu, promovido pela Igreja Renascer em Cristo, em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro.

Fui surpreendido com um telefonema na semana passada, de uma pessoa de Salvador querendo informação sobre o Som do Céu naquela cidade. Respondi que não havia e ela insistiu comigo até que, perplexo, constatei na internet, a realização de três eventos com o nome: Som do Céu nas cidades acima citadas.

Entrei em contato com a organização dos eventos em São Paulo e afirmei que este é um evento realizado pela Mocidade para Cristo há 29 anos e que a marca e o nome Som do Céu são de propriedade da MPC do Brasil.

No outro dia recebi uma ligação de um bispo da Renascer em Cristo, em nome do Apóstolo Estevam Hernandes, pedindo autorização para o uso da marca, afirmando que era um evento evangelístico.

Respondi que não seria possível permitir tal uso, por dois motivos: o evento tem uma história, um estilo, um propósito e uma imagem, não nos interessando vincular a nossa imagem à este outro evento proposto e segundo porque trata-se de um evento com venda de ingressos com valores até 100,00, e não há cunho evangelístico.

Desta forma, saliento que a Mocidade para Cristo do Brasil não apoia, não autoriza e não está de acordo com o uso do nome Som do Céu, neste evento criado recentemente e sem considerar a história do Som do Céu verdadeiro e que no próximo ano completará 29 anos.

Por favor, usem todos os meios de comunicação para nos ajudar a divulgar esta nota, peço ainda que acessem a página do evento no Facebook (chama-se Som do Céu) e postem esta nota ou uma palavra pessoal em protesto.

Com a repercussão e protestos contra a iniciativa, o apóstolo Estevam Hernandes anunciou em seu perfil no Twitter que seria feita mudança no nome do evento: “O nome do evento Som do Céu mudou para Som Celestial, visto o nome Som do Céu pertencer à MPC. Toda mídia estará sendo mudada a partir de hoje”.

Posteriormente, a Igreja Renascer publicou através de seu portal um comunicado sobre o assunto, destacando que o nome foi alterado para atender às exigências feitas nos protestos: “Com o objetivo de regularizar o registro da marca, o nome do show foi alterado recentemente para ‘Som Celestial’”, pontuou, sem mencionar nenhum pedido público de desculpas.



Fonte: Tiago Chagas no Gospel+
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