segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Súplica

Volte seu rosto para mim ó Senhor
Olha a aflição que corrói minha alma
Escuta ó Deus o ranger de meus dentes,
travados pelas incertezas da vida

Sinta o odor imperceptível
que só os cães ferozes
sentem de sua preza acuada
Levanta-te do Teu lugar,
põe-te depressa a socorrer-me,
pois, não sei quanto tempo me resta

Os dias são como calabouços
e a noite livramento
O tempo escorre como areia fina
a ampulheta da minha existência
Vejo o dia e a noite, obra de Tuas mãos
e neles não vejo graça
Vou sucumbir a míngua?

Tu és justo e verdadeiro
Eu, quem sou eu para que me escute?
Oxalá houve-se em mim força suficiente
para destruir EU mesmo
Vejo no teu silêncio o peso da minha culpa

Não tens atirado em mim meus erros
Tens porém aguardado os passos do regresso

Tu ó Senhor é minha alegria
No Teu tabernáculo e na tua Palavra
repousa minha salvação
Esconde-me nos teus átrios
Como criança me joga no ar

Preciso de Ti
Dependo de Ti
Tu és minha vida Senhor
Meu maior amor.



Autor: Reinbaldo Rodrigues
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