segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pesquisador lança segundo volume do livro “Jesus, a Trilogia – A Semente, a Árvore e o Fruto”

O pesquisador português naturalizado francês, Soham Jñana, vai lançar, em São Luís, neste mês, o segundo volume da obra “Jesus, a Trilogia – A Semente, a Árvore e o Fruto”. O escritor já fez o mesmo em relação ao primeiro volume, “A Semente”, o que aconteceu em janeiro e, desde então, permanece na capital maranhense, trabalhando no lançamento da outra edição.

Ele diz que a obra tem grandes revelações, em torno de 150, sobre o Jesus Cristo histórico e que o cristianismo nada tem a ver com o próprio Jesus.

“Mais de 150 revelações nunca antes afloradas, com uma tão grande acuidade e comprovação. Muitas dessas revelações virão demonstrar que o cristianismo nada tem a ver com Jesus, mas tão só com Paulo, e que a mensagem de Jesus continua ainda hoje ignorada, senão mesmo desconhecida, devido aos paradigmas de abordagem com que a lemos, influenciados pelos dogmas cristãos”, afirma.

A seguir a entrevista, na qual o escritor revela o que o levou a escolher São Luís para o lançamento dos livros.

Jornal Pequeno – Por favor, para os maranhenses que não conhecem Soham Jñana, quem vem a ser Soham, com local de nascimento, formação e outras informações pessoais?

Soham Jñana – Tenho 53 anos de idade, nasci em Portugal. Mas foi na França onde cresci e estudei. Muito cedo me dediquei à filosofia. Viajei por 22 países e vivi na Suíça, França, Holanda, Espanha, Portugal e Brasil. Até 2005 realizei, na Europa, inúmeras palestras filosóficas. Nos últimos sete anos, mergulhei numa profunda pesquisa sobre o Jesus histórico, dentro do contexto do judaísmo no século I, baseada nos evangelhos canônicos e apócrifos, documentos históricos e pesquisas arqueológicas. Reorganizei o quebra-cabeça e repus as peças que faltavam, revelando um novo desenho da vida de Jesus e uma surpreendente interpretação de sua mensagem à luz do messianismo apocalíptico do século I. Reconstitui ainda toda a história do cristianismo até os dias atuais, tendo em conta novas descobertas sobre sua real origem. O surpreendente resultado deste trabalho ímpar está compilado nos sete volumes que compõem a obra “Jesus, a Trilogia – A Semente, a Árvore e o Fruto”.

JP – Quais os principais livros lançados?

SJ – A obra “Jesus, a Trilogia – A Semente, a Árvore e o Fruto” que traz revelações surpreendentes sobre o Jesus histórico é composta de sete livros. A primeira parte da trilogia, “A Semente”, é composta dos livros “De Eva a Maria” e “O contexto social e espiritual”. A segunda parte da trilogia, “A Árvore”, é composta dos livros “Da concepção ao batismo” e “Do deserto à cruz”. A terceira parte da trilogia, “O Fruto”, é composta dos livros “De uma cruz à outra”, “Da Era do Filho à Era do Espírito Santo” e “O tempo daquele que volta”. Em janeiro passado lançamos, no Palácio Cristo Rei, em São Luís o livro “Da concepção ao batismo” que relata os verdadeiros acontecimentos em torno da vida de Jesus nesse seu período de vida tão pouco conhecido. Agora lançaremos o livro “O contexto social e espiritual”, e ainda antes do fim deste ano o livro “Do deserto à cruz”; com certeza, um dos mais polêmicos desta série, pelas revelações que trará a público.

JP – O que tem de novidade na obra “Jesus, A Trilogia – A Semente, a Árvore e o Fruto”?

SJ – Mais de 150 revelações nunca antes afloradas com uma tão grande acuidade e comprovação. Muitas dessas revelações virão demonstrar que o cristianismo nada tem a ver com Jesus, mas tão só com Paulo, e que a mensagem de Jesus continua ainda hoje ignorada, senão mesmo desconhecida, devido aos paradigmas de abordagem com que a lemos, influenciados pelos dogmas cristãos.

Pela primeira vez, reconstituí os trechos semanais de leitura da Torá nos tempos de Jesus (três anos e meio) a fim de poder restituir a sequência de ditos de Jesus, semana a semana, quando esses mesmos ditos se encontram descontextualizados de um evangelho para outro.

Entre as novidades da obra encontra-se ainda a revelação de quem foi o verdadeiro delator de Jesus às autoridades romanas, quais foram seus motivos, suas oportunidades e o proveito que mais tarde retirou desse crime e de outros mais que somou a esse. Uma personagem acima de qualquer suspeita, até hoje.

No livro, já disponível, encontra-se a revelação e comprovação de onde realmente nasceu Jesus (que não foi nem em Nazaré nem em Belém), em que ano, mês e semana ele nasceu, quem foi seu pai biológico (não tendo sido, este, José), quem foi o pai dos irmãos e irmãs de Jesus (não tendo sido nem o pai biológico de Jesus nem sequer José), quem foram os mestres de Jesus, em que escolas ele estudou, como e onde viveu sua juventude…

JP – É verdade que a obra apresenta indícios claros e fortes do local de sepultamento do corpo de Jesus após ter sido transferido de Jerusalém, conforme o próprio Jesus solicitara antes de sua morte?

SJ – Sim esse lugar, nos montes da Galileia, é do conhecimento de alguns rabinos cabalistas. No entanto, o lugar por eles apontado não corresponde ao lugar exato, por motivos óbvios. No livro “Do deserto à cruz” o verdadeiro local é descrito com todos os pormenores.

Nesse livro também comprovo que seu corpo foi trasladado e demonstro como isso é corroborado até nos próprios textos dos evangelhos canônicos.

A maioria dos elementos de prova que uso está na Bíblia. Por isso, posso afirmar que aqueles que lerem esta obra nunca mais conseguirão ler a Bíblia debaixo da influência dos seus paradigmas atuais, e passarão a enxergar o que sempre esteve bem diante de seus olhos.

JP – A obra já vendeu muito?

SJ – A obra, como expliquei, é composta de sete livros, dos quais apenas o primeiro já foi publicado. Por enquanto esse primeiro livro tem, sobretudo, chamado a atenção de um público de livres-pensadores e pessoas que desejam aceder às informações sobre o Jesus histórico nunca antes apresentadas e outras recolocadas em seu verdadeiro contexto. Creio que o grande público terá sua atenção chamada para esta obra principalmente a partir da saída do terceiro volume, “Do deserto à cruz”, devido ao impacto que as revelações contidas nele irão ter nas mídias, e, através delas, perante os questionamentos a que não deixarão de serem submetidos alguns historiadores e teólogos ligados à defesa das doutrinas das instituições cristãs.

JP – O site diz que a obra tem tudo o que você sempre quis saber sobre o Jesus histórico e nunca lhe contaram. Há ainda muito a contar sobre o Jesus Cristo histórico?

SJ – Cento e cinquenta novas revelações vêm, com certeza, contar muito, mas principalmente virão desfazer muitos mais paradigmas.

Importa realçar que estou totalmente convicto da validade dos elementos de prova que trago, de tal forma que não tenho nenhum problema em me confrontar em debate público com qualquer grupo de historiadores e teólogos. Posso até acrescentar que alguns pastores e padres, que me têm contatado para ouvir mais sobre aquilo que a obra se apronta para sair a público para além deste primeiro livro sobre sua infância e juventude, me têm encorajado e congratulado por trazer a público algo que muitos deles já intuíam, mas não ousavam questionar perante os credos de fé de suas instituições. Isso, para mim, comprova que o fosso entre o Jesus histórico e o Jesus da fé que durante séculos foi crescendo de forma exponencial, está prestes a ser reduzido a zero, já que o cristianismo deveria, se fosse coerente com seus dogmas, se rebatizar de paulinismo. Em breve, creio que surgirá uma terceira via espiritual, não religiosa nem dogmática, em torno da verdadeira mensagem espiritual do Jesus histórico.

JP – Como foi a viagem do escritor ao Maranhão, para lançamento do livro?

SJ – A viagem continua, pois pretendo permanecer por cá até ao lançamento do último livro desta obra, o que deverá ocorrer até ao final de 2014, considerando que haverá três a quatro lançamentos por ano.

A escolha de São Luís e do Maranhão para o lançamento desta obra não é fruto do acaso humano. Quem sabe o seja dos acasos de Deus, que não os são?

A esse propósito lembro que meu ilustre conterrâneo, Padre Antônio Viera, o primeiro profeta do Quinto Império, profetizou que seria na Terra da Mentira (que ele dizia ser o Maranhão, a terra onde até o Sol mente) que surgiria a verdade. E por que aqui em primeiro? Porque foi no maranhão que em último chegou o evangelho (da mentira), no Brasil.

JP – Como é a recepção a seu canal no YouTube com entrevistas em TVs, rádios e jornais; e a importância da internet para divulgação do seu trabalho?

SJ – A internet tem sua importância, mas continuo a acreditar que a mídia da imprensa é não só um instrumento bem mais poderoso como ainda assim tem um papel preponderante em alguns momentos históricos de revolução de pensar.

Nossa aposta está em, para o momento da saída do terceiro livro, levar a polêmica para programas de TV de âmbito nacional, sem nunca esquecer os meios regionais que nos apoiaram desde a primeira hora nesta divulgação.

JP – O senhor tem o sentimento de que hoje há redução do fervor religioso no Ocidente e menor importância ao Cristianismo?

SJ – O fervor religioso sempre existirá já que ele se alimenta da fé e não da razão.

A fé dispensa pensar, questionar, interrogar. É como uma forma de “pronto a comer” (fast food) espiritual, para o qual existem muitas franquias. Para mim, religião é negócio espiritual, homens que manipulam homens através de credos, de medos, de um certo obscurantismo até.

Se Jesus (o histórico) voltasse ao mundo hoje, não se reconheceria em nenhuma religião, nem sequer as cristãs, até a judaica como hoje é praticada lhe soaria como algo bem distante. Creio que voltaria a explicar sua mensagem espiritual que tinha por base o misticismo messiânico escatológico (do fim, do retorno) e apocalíptico (da revelação) da subseita farisaica dos nazireus; uma mensagem que colocava a mulher no centro da espiritualidade, que explicava que não haveria salvação nem retorno se não fosse por e através do papel espiritual da mulher. Claro seja, uma mensagem que incomoda o pensamento dominante dos homens que sempre procuraram avalizar e inferiorizar a mulher. Quando lerem esta obra, perceberão por que Jesus amava e era tão amado das mulheres, por que ele tinha discípulas e ensinava as mulheres como os homens ao contrário dos demais mestres de seu tempo como os de hoje, que ele chamava de hipócritas por terem as chaves do Reino, não entrarem nem deixarem entrar aqueles que queriam.

JP – Algo mais a acrescentar?

SJ – Quero agradecer a todos os que já adquiriram o primeiro livro disponibilizado. Peço desculpas pelo atraso (por motivos de otimização de meio gráficos de edição) na saída do segundo, pois muitos leitores têm manifestado sua impaciência em adquirir os demais livros. Também devo reconhecer minha surpresa por não ter tido, até hoje, nenhum retorno negativo ou crítico por parte dos leitores, muito pelo contrário. Isso me dá ânimo para persistir e é a maior recompensa, saber que valeu a pena, não por mim, mas pela verdade que merece esse homem de cujo nome tanto se abusou e ainda se abusa.



Fonte: Waldemar Terr no Jornal Pequeno
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