A cobertura sem o bolo pode ser bom mas faz mau no final
Jamie era uma caloura no ensino médio; seu namorado, Troy, estava no último ano. Troy era tudo que a Jamie sonhou em um rapaz, e por oito meses eram inseparáveis. Mas dois meses antes do Troy partir para a faculdade, ele abruptamente anunciou que não queria mais ver a Jamie.
“Quando terminamos, foi definitivamente a coisa mais difícil que já aconteceu comigo” Jamie me contou depois. Mesmo que fisicamente não passaram de um beijo, Jamie tinha entregado o seu coração e as suas emoções completamente ao Troy. Ele tinha aproveitado a intimidade enquanto servia às suas necessidades, mas a rejeitou quando estava pronto para seguir adiante.
Esta estória lhe parece familiar? Talvez você tenha ouvido algo semelhante de um amigo, ou talvez você mesmo tenha vivido isso. Como em muitos namoros, Jamie e Troy se tornaram íntimos com pouco, ou mesmo nenhum, pensamento sobre compromisso ou como seriam afetados quando terminassem. Podemos por a culpa no Troy por ter sido um canalha, mas façamos uma pergunta a nós mesmos. Qual é a idéia principal na maioria dos namoros? Geralmente o namoro estimula a intimidade pela própria intimidade - duas pessoas se aproximam sem nenhuma real intenção de um compromisso de longo prazo.
Intimidade que se aprofunda sem a definição de um nível de compromisso é nitidamente perigoso. É como escalar uma montanha com uma parceira sem saber se ela quer a responsabilidade de segurar a sua corda. Quando estiverem a seiscentos metros de altura em uma encosta, você não quer conversar sobre como ela se sente “presa” por causa do relacionamento. Do mesmo modo, muitas pessoas experimentam mágoas profundas quando elas se abrem emocionalmente e fisicamente apenas para serem abandonadas por outros que declaram que não estão prontos para um “compromisso sério”.
Um relacionamento íntimo é uma experiência linda que Deus deseja que experimentemos. Mas ele fez com que a realização advinda da intimidade fosse um sub-produto do amor baseado no compromisso. Você poderá dizer que a intimidade entre um homem e uma mulher é a cobertura do bolo de um relacionamento que se encaminha para o casamento. Se olharmos para a intimidade desta forma, então na maioria dos namoros só tem a cobertura. Normalmente falta a eles um propósito ou um alvo bem definido. Na maioria dos casos, especialmente no colégio, o namoro é de curta duração, atendendo às necessidades do momento. As pessoas namoram pois querem aproveitar os benefícios emocionais e até físicos da intimidade sem a responsabilidade de um compromisso real.
Na verdade, isso é a essência da revolução original do namoro. O namoro não existia antigamente. Como eu o vejo, o namoro é um produto da nossa cultura direcionada à diversão e totalmente descartável. Muito antes da revista Seventeen (Dezessete) dar dicas sobre namoro, as pessoas faziam as coisas de modo muito diferente.
Na virada do século vinte, um rapaz e uma garota apenas se envolviam romanticamente quando planejavam se casar. Se um rapaz freqüentasse a casa de uma garota, a família e os amigos deduziam que ele tinha a intenção de pedir a sua mão. Mas as variações de atitude na cultura e a chegada do automóvel trouxeram mudanças radicais. As novas “regras” permitiam às pessoas entregarem-se a todas as emoções do amor romântico sem nenhuma intenção de casamento. A escritora Beth Bailey documentou estas mudanças em um livro cujo título, From Front Porch to Backseat (Do Alpendre ao Banco de Trás), diz tudo sobre a diferença na atitude da sociedade quando o namoro passou a ser a norma. Amor e romance passaram a ser aproveitados pelas pessoas apenas pelo seu valor de entretenimento.
Apesar de muita coisa ter mudado desde os anos 20, a tendência dos namoros em caminhar na direção de uma maior intimidade sem compromisso permanece praticamente a mesma.
Para o cristão este desvio negativo está na raiz dos problemas do namoro. A intimidade sem compromisso desperta desejos - emocionais e físicos - que nenhum dos dois pode satisfazer se agirem corretamente. Em I Tessalonicenses 4:6 a Bíblia chama isso de “defraudar”, em outras palavras, roubar alguém ao criar expectativas mas não satisfazendo o que foi prometido. O Pr. Stephen Olford descreve defraudar como “despertando uma fome que não podemos satisfazer justamente” prometendo algo que não podemos ou não iremos cumprir.
Intimidade sem compromisso, semelhante à cobertura sem o bolo, pode ser gostoso, mas no final passamos mal.
Fonte: Joshua Harris no livro "Eu Disse Adeus ao Namoro" por Italo Guimarães no Teorlógico
---------------------------------------------------------------------------
Jamie era uma caloura no ensino médio; seu namorado, Troy, estava no último ano. Troy era tudo que a Jamie sonhou em um rapaz, e por oito meses eram inseparáveis. Mas dois meses antes do Troy partir para a faculdade, ele abruptamente anunciou que não queria mais ver a Jamie.
“Quando terminamos, foi definitivamente a coisa mais difícil que já aconteceu comigo” Jamie me contou depois. Mesmo que fisicamente não passaram de um beijo, Jamie tinha entregado o seu coração e as suas emoções completamente ao Troy. Ele tinha aproveitado a intimidade enquanto servia às suas necessidades, mas a rejeitou quando estava pronto para seguir adiante.
Esta estória lhe parece familiar? Talvez você tenha ouvido algo semelhante de um amigo, ou talvez você mesmo tenha vivido isso. Como em muitos namoros, Jamie e Troy se tornaram íntimos com pouco, ou mesmo nenhum, pensamento sobre compromisso ou como seriam afetados quando terminassem. Podemos por a culpa no Troy por ter sido um canalha, mas façamos uma pergunta a nós mesmos. Qual é a idéia principal na maioria dos namoros? Geralmente o namoro estimula a intimidade pela própria intimidade - duas pessoas se aproximam sem nenhuma real intenção de um compromisso de longo prazo.
Intimidade que se aprofunda sem a definição de um nível de compromisso é nitidamente perigoso. É como escalar uma montanha com uma parceira sem saber se ela quer a responsabilidade de segurar a sua corda. Quando estiverem a seiscentos metros de altura em uma encosta, você não quer conversar sobre como ela se sente “presa” por causa do relacionamento. Do mesmo modo, muitas pessoas experimentam mágoas profundas quando elas se abrem emocionalmente e fisicamente apenas para serem abandonadas por outros que declaram que não estão prontos para um “compromisso sério”.
Um relacionamento íntimo é uma experiência linda que Deus deseja que experimentemos. Mas ele fez com que a realização advinda da intimidade fosse um sub-produto do amor baseado no compromisso. Você poderá dizer que a intimidade entre um homem e uma mulher é a cobertura do bolo de um relacionamento que se encaminha para o casamento. Se olharmos para a intimidade desta forma, então na maioria dos namoros só tem a cobertura. Normalmente falta a eles um propósito ou um alvo bem definido. Na maioria dos casos, especialmente no colégio, o namoro é de curta duração, atendendo às necessidades do momento. As pessoas namoram pois querem aproveitar os benefícios emocionais e até físicos da intimidade sem a responsabilidade de um compromisso real.
Na verdade, isso é a essência da revolução original do namoro. O namoro não existia antigamente. Como eu o vejo, o namoro é um produto da nossa cultura direcionada à diversão e totalmente descartável. Muito antes da revista Seventeen (Dezessete) dar dicas sobre namoro, as pessoas faziam as coisas de modo muito diferente.
Na virada do século vinte, um rapaz e uma garota apenas se envolviam romanticamente quando planejavam se casar. Se um rapaz freqüentasse a casa de uma garota, a família e os amigos deduziam que ele tinha a intenção de pedir a sua mão. Mas as variações de atitude na cultura e a chegada do automóvel trouxeram mudanças radicais. As novas “regras” permitiam às pessoas entregarem-se a todas as emoções do amor romântico sem nenhuma intenção de casamento. A escritora Beth Bailey documentou estas mudanças em um livro cujo título, From Front Porch to Backseat (Do Alpendre ao Banco de Trás), diz tudo sobre a diferença na atitude da sociedade quando o namoro passou a ser a norma. Amor e romance passaram a ser aproveitados pelas pessoas apenas pelo seu valor de entretenimento.
Apesar de muita coisa ter mudado desde os anos 20, a tendência dos namoros em caminhar na direção de uma maior intimidade sem compromisso permanece praticamente a mesma.
Para o cristão este desvio negativo está na raiz dos problemas do namoro. A intimidade sem compromisso desperta desejos - emocionais e físicos - que nenhum dos dois pode satisfazer se agirem corretamente. Em I Tessalonicenses 4:6 a Bíblia chama isso de “defraudar”, em outras palavras, roubar alguém ao criar expectativas mas não satisfazendo o que foi prometido. O Pr. Stephen Olford descreve defraudar como “despertando uma fome que não podemos satisfazer justamente” prometendo algo que não podemos ou não iremos cumprir.
Intimidade sem compromisso, semelhante à cobertura sem o bolo, pode ser gostoso, mas no final passamos mal.
Fonte: Joshua Harris no livro "Eu Disse Adeus ao Namoro" por Italo Guimarães no Teorlógico
---------------------------------------------------------------------------