A maioria dos mórmons dos Estados Unidos acredita que sua fé não é bem compreendida pelos norte-americanos e muitos se sentem tratados com hostilidade, mas uma pesquisa feita enquanto a religião ganha proeminência política e cultural mostra que eles também estão otimistas sobre o aumento da tolerância à sua crença.
O jornal The New York Times e outros órgãos da mídia qualificaram o atual contexto como "o momento mórmon", já que dois mórmons - Mitt Romney e Jon Huntsman - competem pela indicação republicana para a presidência dos Estados Unidos e, além disso, a religião é tema de uma peça de sucesso ("O Livro dos Mórmons") e de uma popular série de televisão ("Big Love" da HBO), e os livros best-sellers da saga "Crepúsculo" foram escritos por uma mórmon.
"Queríamos descobrir como os próprios mórmons estão respondendo ao movimento mórmon", disse Greg Smith, pesquisador-chefe do Fórum sobre Religião e Vida Pública do Pew Research Center, que entrevistou 1.019 adultos mórmons em outubro e novembro do ano passado.
"Encontramos um retrato misto", disse Smith em uma entrevista. "De um lado, os mórmons de muitas maneiras enxergam a si mesmos como mal-compreendidos. Eles acham que são discriminados, que não são totalmente aceitos pelos outros americanos".
Os mórmons formam cerca de 2 por cento dos cerca de 113 milhões de habitantes dos Estados Unidos.
Seis em cada 10 mórmons entrevistados disseram acreditar que os norte-americanos sabem pouco ou nada sobre o mormonismo. Metade disse que os mórmons enfrentam muita discriminação e dois terços afirmaram que as pessoas não pensam no mormonismo como parte da sociedade norte-americana.
"De outro lado, a pesquisa também mostra que os mórmons estão, de várias maneiras, otimistas. Estão contentes com as próprias vidas e com suas comunidades e (63 por cento dos entrevistados) acham que a aceitação do mormonismo está aumentando", disse Smith.
Até agora, o foco na campanha republicana vem sendo menos a participação do milionário Romney na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o nome oficial do mormonismo, e mais sobre o passado dele como um executivo que comprava e reestruturava empresas e sobre a época em que era governador de Massachusetts.
Isso pode mudar nas primárias republicanas no Estado da Carolina do Sul, em 21 de janeiro, onde os protestantes evangélicos devem formar um grande bloco eleitoral. Alguns evangélicos nutrem desconfiança do rápido crescimento do mormonismo e de suas crenças mais exóticas.
O relatório Pew disse que embora uma maioria substancial dos 14 milhões de mórmons no mundo se considere cristãos, alguns não-mórmons os veem como um culto baseado na crença em apóstolos e profetas vivos, e em dois livros adicionais de escrituras, além da Bíblia e outros princípios.
No ano passado, uma pesquisa Pew concluiu que a candidatura de Romney poderia encontrar resistência nas primárias republicanas por parte de eleitores evangélicos, embora eles o apoiassem contra o presidente Barack Obama, um democrata, na eleição geral de novembro.
Quinze por cento dos republicanos evangélicos disseram que estavam menos propensos a votar em Romney por causa de sua religião. Em comparação, 56 por cento dos mórmons na pesquisa disseram acreditar que os Estados Unidos estão prontos para eleger um presidente mórmon. Oitenta e seis por cento dos eleitores mórmons, incluindo alguns democratas, têm uma visão favorável de Romney, segundo a pesquisa, que tem uma margem de erro de 4.5 pontos percentuais.
Apesar de suas diferenças, mórmons e evangélicos têm muito em comum, disse Smith: eles são ideologicamente conservadores, a maioria é republicana ou tende para os republicanos, costumam frequentar a igreja e orar regularmente, e a religião costuma ser importante em suas vidas.
"Há claramente um reconhecimento por parte da população mórmon de que enfrenta desafios relacionados à aceitação, discriminação e assim por diante. Não há ilusões sobre isso", disse Smith.
"Ao mesmo tempo, eles são um grupo otimista, que acha que a aceitação do mormonismo está aumentando e que o país está pronto para eleger um presidente mórmon".
Fonte: Reuters
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O jornal The New York Times e outros órgãos da mídia qualificaram o atual contexto como "o momento mórmon", já que dois mórmons - Mitt Romney e Jon Huntsman - competem pela indicação republicana para a presidência dos Estados Unidos e, além disso, a religião é tema de uma peça de sucesso ("O Livro dos Mórmons") e de uma popular série de televisão ("Big Love" da HBO), e os livros best-sellers da saga "Crepúsculo" foram escritos por uma mórmon.
"Queríamos descobrir como os próprios mórmons estão respondendo ao movimento mórmon", disse Greg Smith, pesquisador-chefe do Fórum sobre Religião e Vida Pública do Pew Research Center, que entrevistou 1.019 adultos mórmons em outubro e novembro do ano passado.
"Encontramos um retrato misto", disse Smith em uma entrevista. "De um lado, os mórmons de muitas maneiras enxergam a si mesmos como mal-compreendidos. Eles acham que são discriminados, que não são totalmente aceitos pelos outros americanos".
Os mórmons formam cerca de 2 por cento dos cerca de 113 milhões de habitantes dos Estados Unidos.
Seis em cada 10 mórmons entrevistados disseram acreditar que os norte-americanos sabem pouco ou nada sobre o mormonismo. Metade disse que os mórmons enfrentam muita discriminação e dois terços afirmaram que as pessoas não pensam no mormonismo como parte da sociedade norte-americana.
"De outro lado, a pesquisa também mostra que os mórmons estão, de várias maneiras, otimistas. Estão contentes com as próprias vidas e com suas comunidades e (63 por cento dos entrevistados) acham que a aceitação do mormonismo está aumentando", disse Smith.
Até agora, o foco na campanha republicana vem sendo menos a participação do milionário Romney na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o nome oficial do mormonismo, e mais sobre o passado dele como um executivo que comprava e reestruturava empresas e sobre a época em que era governador de Massachusetts.
Isso pode mudar nas primárias republicanas no Estado da Carolina do Sul, em 21 de janeiro, onde os protestantes evangélicos devem formar um grande bloco eleitoral. Alguns evangélicos nutrem desconfiança do rápido crescimento do mormonismo e de suas crenças mais exóticas.
O relatório Pew disse que embora uma maioria substancial dos 14 milhões de mórmons no mundo se considere cristãos, alguns não-mórmons os veem como um culto baseado na crença em apóstolos e profetas vivos, e em dois livros adicionais de escrituras, além da Bíblia e outros princípios.
No ano passado, uma pesquisa Pew concluiu que a candidatura de Romney poderia encontrar resistência nas primárias republicanas por parte de eleitores evangélicos, embora eles o apoiassem contra o presidente Barack Obama, um democrata, na eleição geral de novembro.
Quinze por cento dos republicanos evangélicos disseram que estavam menos propensos a votar em Romney por causa de sua religião. Em comparação, 56 por cento dos mórmons na pesquisa disseram acreditar que os Estados Unidos estão prontos para eleger um presidente mórmon. Oitenta e seis por cento dos eleitores mórmons, incluindo alguns democratas, têm uma visão favorável de Romney, segundo a pesquisa, que tem uma margem de erro de 4.5 pontos percentuais.
Apesar de suas diferenças, mórmons e evangélicos têm muito em comum, disse Smith: eles são ideologicamente conservadores, a maioria é republicana ou tende para os republicanos, costumam frequentar a igreja e orar regularmente, e a religião costuma ser importante em suas vidas.
"Há claramente um reconhecimento por parte da população mórmon de que enfrenta desafios relacionados à aceitação, discriminação e assim por diante. Não há ilusões sobre isso", disse Smith.
"Ao mesmo tempo, eles são um grupo otimista, que acha que a aceitação do mormonismo está aumentando e que o país está pronto para eleger um presidente mórmon".
Fonte: Reuters
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