terça-feira, 21 de junho de 2011

O que devem fazer pais cristãos se tiverem um filho pródigo?

Inerentes à história do Filho Pródigo (Lucas 15:11-32) encontramos vários princípios que pais e mães crentes podem usar para lidarem com filhos que andam de forma contrária a sua criação. Precisamos nos lembrar de que, uma vez que o filho ou filha tenha chegado à idade “adulta”, não estará mais sob a autoridade dos pais.

Na história do Filho Pródigo, o filho toma posse de sua herança e vai para um país distante, e ali a desperdiça. No caso de um filho ou filha que não seja um cristão renascido, isso é o que se faz naturalmente. No caso de um filho ou filha que já tenha feito uma clara decisão por Cristo, chamamos este filho ou filha de “pródigo”. Não encontramos a palavra “pródigo” nesta história. O significado desta palavra é “aquele que gasta imprudentemente ou esbanja, ou uma pessoa que gastou seus recursos desperdiçando-os”. Por esta razão, esta palavra descreve o filho de Lucas 15. Ela também descreve um filho que deixa o lar e leva a herança que seus pais nele investiram, e todos os anos de sustento, ensinamentos, amor e cuidado são esquecidos ao se rebelar contra Deus. Pois toda a rebelião é primeiramente contra Deus e se manifesta em rebelião contra os pais e toda sua autoridade. Este filho então sai para o mundo e desperdiça sua herança, repudiando os valores paternos e maternos.

Repare que o pai da parábola não impede que seu filho se vá. Também não segue seu filho na tentativa de protegê-lo de si mesmo. O pai não interfere nas escolhas ou decisões feitas por seu filho. Mas ao invés disso, este pai, com grande fé, fica em casa e ora, e quando seu filho “cai em si”, dá meia volta e retorna ao lar, seu pai está lá, aguardando, e vê seu filho, mesmo ainda “muito longe”, e corre a encontrá-lo.

Portanto, estes são os princípios: quando nossos filhos e filhas estão por conta própria e fazem escolhas que sabemos trarão duras conseqüências, os pais devem deixá-los ir. O pai não segue e o pai não interfere nas conseqüências que virão. Contudo, fica em casa, continua orando com fé e observando sinais de arrependimento e mudança de direção. Até que isso aconteça, e a não ser que aconteça, o pai guarda sua própria recomendação, não endossando a rebelião e não se intrometendo (I Pedro 4:15).

Uma vez que os filhos sejam legalmente adultos, estão sujeitos somente à autoridade de Deus e à autoridade delegada do governo (Romanos 13:1-7). Como pais, podemos ficar ao lado, uma vez que nossos filhos e filhas tenham se voltado para Deus. Deus usa miséria auto-infligida e a “educação aos filhos” para trazer todos à sabedoria, e depende de cada um responder corretamente. Como pais, não podemos salvar nossos filhos, semente Deus o pode fazer. Em obediência, devemos criá-los no SENHOR quando tivermos esta oportunidade (Efésios 6:4) e então permitir que façam suas próprias escolhas. Até então, observemos e oremos, e deixemos a questão nas mãos do SENHOR. Este pode ser um processo doloroso, mas quando feito de acordo com o ponto de vista divino, trará a recompensa de paz no coração. Não podemos julgar nossos filhos, somente Deus pode julgá-los. Nisto está um grande conforto: “Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (Gênesis 18:25b).


Fonte: Got Questions
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