domingo, 26 de junho de 2011

Salmos 17

Ouve, Senhor, a minha justa queixa;
atenta para o meu clamor.
Dá ouvidos à minha oração,
que não vem de lábios falsos.
Venha de ti a sentença em meu favor;
vejam os teus olhos onde está a justiça!
Provas o meu coração e de noite me examinas,
tu me sondas, e nada encontras;
decidi que a minha boca
não pecará como fazem os homens.
Pela palavra dos teus lábios
eu evitei os caminhos do violento.
Meus passos seguem firmes nas tuas veredas;
os meus pés não escorregaram.
Eu clamo a ti, ó Deus,
pois tu me respondes;
inclina para mim os teus ouvidos
e ouve a minha oração.
Mostra a maravilha do teu amor,
tu, que com a tua mão direita salvas
os que em ti buscam proteção
contra aqueles que os ameaçam.
Protege-me como à menina dos teus olhos;
esconde-me à sombra das tuas asas,
dos ímpios que me atacam com violência,
dos inimigos mortais que me cercam.
Eles fecham o coração insensível,
e com a boca falam com arrogância.
Eles me seguem os passos,
e já me cercam; seus olhos estão atentos,
prontos para derrubar-me.
São como um leão ávido pela presa,
como um leão forte agachado na emboscada.
Levanta-te, Senhor!
Confronta-os! Derruba-os!
Com a tua espada livra-me dos ímpios.
Com a tua mão, Senhor,
livra-me de homens assim,
de homens deste mundo,
cuja recompensa está nesta vida.
Enche-lhes o ventre
de tudo o que lhes reservaste;
sejam os seus filhos saciados,
e o que sobrar
fique para os seus pequeninos.
Quanto a mim, feita a justiça,
verei a tua face;
quando despertar ficarei satisfeito
ao ver a tua semelhança.


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