quarta-feira, 22 de junho de 2011

Partido radical muçulmano quer proibir a Bíblia no Paquistão

O partido islâmico radical Jamiat Ulema-e-Islam pediu ao Tribunal Supremo do Paquistão que proíba a circulação da Bíblia, que qualifica como "livro pornográfico" e "blasfemo".

A agência vaticana Fides informou que este grupo radical tem sua sede em Karachi, onde pôs em marcha uma campanha contra a Bíblia porque segundo seu líder, Abdul Rauf Farooqi, algumas passagens descrevem como "viciosos e imorais" personagens que os muçulmanos consideram profetas.

O Pe. Saleh Diego, quem preside a Comissão "Justiça e Paz" da Arquidiocese de Karachi, alertou que se trata de "uma medida que poderia alimentar o ódio religioso contra os cristãos. É uma ameaça para a coexistência pacífica, um ataque ao coração da nossa fé".

O sacerdote disse que a minoria cristã de por si já é muito débil e está sujeita "às pressões injustas da lei sobre a blasfêmia. Estes grupos radicais querem nos eliminar por completo. Evidentemente se trata só de grupos minoritários, e temos a esperança de que se elevem as vozes dos líderes muçulmanos moderados para deter esta campanha de ódio".

"Nossa resposta como cristãos no Paquistão, é reiterar a urgência do diálogo e do respeito de todos os símbolos religiosos e os livros sagrados de todas as religiões. Mas esperamos que, no nível internacional, possa nascer uma resposta mais forte e decidida, que nos apóie", afirmou, de uma vez que pediu à comunidade internacional que detenha a campanha contra a Bíblia.


Fonte: ACI Digital
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