sexta-feira, 18 de maio de 2012

Igreja inclusiva da pastora Lanna Holder faz campanha contra homofobia cristã

Grupo religioso distribui folhetos mostrando casais heterosexuais e homosexuais como "Criação de Deus"; dia internacional contra a homofobia foi comemorado nesta quinta-feira

A igreja inclusiva Comunidade Cidade de Refúgio, liderada pelo casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha, lança nesta quinta-feira uma campanha contra discriminação de casais homossexuais. A ação faz parte das comemorações do aniversário de um ano de funcionamento do grupo religioso.

A campanha é lançada hoje pela internet e incluirá também a distribuição de materiais de divulgação durante a parada gay da cidade de São Paulo, realizada no dia 10 de junho. Para a igreja, que não se define como gay, os casais homoafetivos também são uma “criação de Deus”.

O cartaz da campanha mostra um casal heterossexual e dois homoafetivos, um formado por homens e outro por mulheres, sob a frase “Criação de Deus”. As igrejas inclusivas enfrentam resistência das comunidades católicas e evangélicas no país. No congresso, leis favoráveis aos homossexuais também tem dificuldade para transitar. Segundo a senadora Marta Suplicy, o Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia, pode voltar a estaca zero por ação da bancada evangélica.

Para fazer avançar as discussões sobre o combate à homofobia cerca de 500 pessoas realizaram na última quarta-feira a Marcha Nacional contra Homofobia em Brasília. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, o governo federal deveria definir um orçamento para financiar o Plano de Promoção dos Direitos Humanos e Cidadania LGBT, para a elaboração e a aplicação de políticas públicas voltadas a gays, lésbicas, travestis e transexuais.

Marcha Nacional

Os manifestantes também defenderam a aprovação do PL 122. Se aprovada, a norma deverá ser conhecida como Lei Alexandre Ivo, em homenagem ao adolescente de 14 anos assassinado em 2010, em São Gonçalo (região metropolitana do Rio de Janeiro), vítima de homofobia.

A lei, já aprovada na Câmara, tramita na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal. Falta ainda passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que vá a votação no plenário da Casa.



Fonte: IG com informações da Agência Brasil
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