Para a criança, é o papai do céu
A quem pede proteção.
- Abençoa papai, mamãe.
Dá a cada dia o pão.
Deus da criança inocente
Deus da mãe ocupada
Deus que consola na dor
Deus da alma enlutada!
Para o jovem é o cara lá de cima
Que não o incomoda ou intimida
Ele que fique por lá
Deixe-me gozar a vida!
Deus que está longe
Deus que não é pessoal
Deus que ama o pecado
Deus, tão banal!
Para o caboclo no campo
Deus a chuva dá
Ele ajuda a colheita
E faz a mágoa passá!
Deus que se preocupa com o pobre
Deus que sofre com o que erra
Deus que faz cair água
Na sequidão da terra!
Para o deista, Deus está morto.
Criou a terra e se cansou.
Deixou tudo nas mãos do homem
Que a tudo dominou!
Deus que já morreu.
Deus que não se importou
Com os homens e Suas obras
Deus que nunca amou!
Para o ateu, Deus não existe
Isolado em sua racionalidade,
vocifera: Que Deus é este?
Não existe eternidade.
Deus que não se revela.
Deus que não é imortal.
Deus que só existe na mente
do crédulo irracional!
Para teólogos medíocres,
Deus é um criado pessoal,
Deus que precisa de esmolas,
Deus que Se curva, afinal!
Deus a ser barganhado
Deus a quem se cobram favores
Deus que tem que servir
Aos gananciosos pecadores!
Para muitos, Deus está encoberto
Mas, Se revela ao temente.
Pois busca adoração
da alma sincera do crente!
Deus que criou o mundo
Deus que enviou Jesus
Deus que a todos ama
Deus que Se revela na cruz!
Autor: Rute Salviano Almeida
----------------------------------