sábado, 16 de junho de 2012

Mulher Melão, de família evangélica revela que tentou permanecer na igreja mas aos 12 anos foi expulsa do coral

Renata Frisson, a Mulher Melão, gosta mesmo de causar. Depois de ter declarado que já foi muito maria-chuteira, a funkeira contou um pouco sua história de vida e revelou ter fugido de casa para pular carnaval no Rio... E nunca mais voltou.

“As pessoas acham que porque eu canto funk e uso roupas curtas nos meus shows, que eu não tenho família. Pelo contrário. Tenho família, sim, e muito boa por sinal. Minha família sempre foi de classe média e eu sempre tive tudo do bom e do melhor. Estudei em escola boa e nunca passei necessidade. Meu pai é engenheiro elétrico e minha mãe professora”, contou Mulher Melão.

Aos 26 anos, Renata, que nasceu em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, chegou ao Rio após receber um convite para desfilar no carnaval carioca e não avisou aos pais que vinha. “Minha família é evangélica e segue a risca a religião. Nos fins de semana eles nem ligam televisão e vão semanalmente ao culto. Eu que sempre fui a ovelha negra da família. Sou cristã, mas não dou conta de seguir religião. Desde novinha minha mãe dizia que era pecado ir à boate. Com 15 anos, eu pegava a identidade da minha irmã e quando todo mundo dormia e eu saia na pontinha do pé e voltava antes de eles acordarem. Já aconteceu dos meus pais me encontrarem chegando: eu levava uma surra e ficava de castigo”, revelou.

Expulsa do coral da Igreja e sonho de ser famosa

Apesar de ter perdido a virgindade, segundo ela, tarde, aos 16 anos, Renata contou que uma vez foi expulsa do coral da Igreja por beijar um garoto. “Eu perdi a virgindade tarde, aos 16 anos. Antes disso, dava muito beijo na boca e meus pais reclamavam muito. Uma vez quando em cantava eu um coral da igreja, fui expulsa porque beijei um menino na boca. Tinha 12 anos. Tá vendo por que fiquei revoltada? Eu até tentei entrar pra igreja, mas me expulsaram”, disse, aos risos.

Mulher Melão revelou também que sempre sonhou em ser famosa: “Sempre sonhei em desfilar no carnaval do Rio e ser famosa, mas nunca acreditei que pudesse acontecer. Quando eu era criança eu subia em um balde e me segurava em duas vassouras, como se eu estivesse em um carro alegórico. Quando pisei na Sapucaí a primeira vez foi um sonho e entrei logo com os seios de fora. Eu sempre gostei de funk e samba e em Santa Catarina não tinha isso, por isso amo o Rio de Janeiro”.

“Quando criança gostava de brincar de paquita e de modelo. Minhas brincadeiras de infância sempre foram direcionadas para a fama. Sempre admirei mulher bonita. Comprava as revistas para ver a Viviane Araújo e a Scheila Carvalho e achava que era impossível chegar perto delas. Hoje em dia estou sempre com elas. É um sonho isso tudo que eu vivo e mais gostoso ainda é saber que existem meninas que fazem isso comigo também. Elas compram minhas revistas e sonham estar comigo, por isso dou atenção para todos os meus fãs e sou muito carinhosa”, disse Renata.

O silicone que a fez ficar conhecida como Mulher Melão foi dado de presente pela mãe. “Coloquei prótese em 2006. Nunca tive muito peito e tinha emagrecido muito. Minha mãe me via triste e resolveu me dar esse presente. Sou muito feliz com meus seios”, comemora.

Família não ouve funk

Renata Frisson contou que a família foi contra a profissão, mas que nunca parou de falar com ela: “Quando desfilei de peito de fora, minha família viu na internet e foi um escândalo. Até hoje eles não aceitam. O sonho da minha mãe é que eu volte pra casa, mas amo minha profissão e sigo meu sonho. Eles nunca pararam de falar comigo, mas brigávamos muito. O que eu fiz foi uma afronta para minha família, mas não me arrependo de nada. Meu começo foi bem louco, mas não tenho o que reclamar, pois estou fazendo minha história”.

Melão disse ainda que os pais nunca ouviram os funks dela. “Meus pais nunca escutaram uma música minha. Não tenho coragem de mostrar, pois respeito muito a religião deles e não vou agredir as pessoas. Não gosto de chocar muito em casa. Minha mãe vai ficar brava se ouvir a filha cantando o que eu canto. Prefiro ficar lindinha, fofinha, ao lado dela, para ela não ficar preocupada. Sou uma filha certinha e falo todo dia com minha mãe”, justifica.

“Meu irmão foi o único que uma vez ficou uns três meses sem falar comigo por causa de uma letra de uma música minha, mas depois voltamos as boas. E minha irmã finge que não vê nada. Na infância eu era revoltada e minha irmã a certinha, então ela não me dá ibope e finge não acompanhar minha carreira. Ela é maravilhosa. Devo muito a ela, principalmente porque pegava a identidade dela pra entrar nas boates”, revelou.

Roupas extravagantes na faculdade

Renata sempre gostou de chamar a atenção e quando cursava direito fazia questão de ser muito querida pelos estudantes e professores. “Fiz até o quinto período de Direito. Gostava de criminologia para entender melhor a cabeça das pessoas. Gosto de traçar perfil psicológico das pessoas. Sempre fui muito querida na faculdade. Todos gostavam de mim, tantos meus colegas, como os professores”, disse.

“Eu já ia para as aulas como se tivesse indo para um evento. Eu era atração da faculdade, pois ia sexy, mas de uma maneira sem ser pra atingir os outros. Quando eu passava na rampa todos os homens iam me ver. Ainda bem que nunca fui descriminada igual a Geyse Arruda”, revelou.

Apesar do jeito, por muitos, considerado “louco”, de Renata, a funkeira garante que é natural: “Eu sou espontânea assim no meu dia a dia, mas não sou louca no sentido ruim da palavra. Sou super do bem e só corro atrás da minha felicidade e do meu sonho. Sempre tive uma base familiar e princípios, nunca passei por cima de ninguém e nunca fiz maldade com ninguém, só faço o bem e colho o bem”.



Fonte: Ego
----------