terça-feira, 27 de março de 2012

Como demônios realmente matam pessoas

Um macabro caso de assassinato movimentou a imprensa britânica em Londres, há pouco mais de um ano. Na noite de Natal de 2010, um menino de 15 anos, chamado Kristy Bamu, morreu afogado em uma banheira. Os acusados eram duas pessoas, Eric Bikubi (28 anos) e Magalie Bamu (29), de quem o garoto morto era irmão.

No julgamento, a história que o juiz ouviu é que Kristy “pediu para morrer” depois de não resistir a três dias de uma tortura regada a facas, paus, barras de ferro, um martelo e um formão. O motivo da tortura seria um exorcismo: Kristy Bamu era supostamente um praticante de bruxaria e estaria tomado pelo demônio.

Tanto a vítima quanto os acusados eram descendentes de origem africana, da República Democrática do Congo. Este país, conforme afirmam estudos étnicos atuais, é uma das nações na qual a crença em entidades demoníacas é altamente difundida.

Já houve outros casos de mortes em rituais de exorcismo em um passado recente. Em 2003, nos Estados Unidos, um menino autista de 8 anos foi sufocado até a morte com folhas de caderno em um culto destinado a espantar maus espíritos.

Caso ainda mais impressionante aconteceu na Romênia, em 2005, quando uma mulher de 23 anos alegou estar ouvindo vozes do demônio dizendo a ela que era uma pecadora. Com a ajuda de quatro freiras, um padre a manteve presa a uma cruz por três dias sem comida e água, a boca amordaçada com uma toalha. Ela faleceu por asfixia e desidratação.

O primeiro posicionamento oficial do Vaticano a respeito de exorcismo foi publicado em 1614 e revisado apenas em 1999. Atualmente, a Igreja admite que apenas uma pequena porcentagem das supostas possessões demoníacas são consideradas “autênticas”.

Como oferecem cursos de purificação, proíbem que rituais desta espécie sejam feitos por qualquer pessoa. De qualquer maneira, estes exemplos recentes mostram que a prática do exorcismo não é algo que ficou esquecida na Idade Média.


Fonte: HypeScience
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