quarta-feira, 28 de março de 2012

Injeção de remédio experimental reduz colesterol ruim em até 66%

Uma injeção mensal de um remédio experimental desenvolvido por uma empresa americana de biotecnologia conseguiu reduzir o colesterol dos pacientes em até 66%, segundo estudo apresentado no fim de semana durante conferência de cardiologia nos Estados Unidos.

A fase 1 do teste clínico do remédio AMG 145, da empresa Amgen, acompanhou a evolução de 51 pacientes que tomaram uma injeção desta droga em duas modalidades: uma vez a cada duas semanas e uma vez a cada quatro semanas.

Entre os pacientes estudados que já tomavam altas doses de remédios redutores de colesterol, conhecidos como estatinas, e que tomaram a nova droga a cada duas semanas, o tipo perigoso de colesterol (LDL) teve uma redução de 63% na oitava semana.

Os que tomaram doses baixas de estatinas e seguiram o tratamento por quatro semanas viram uma queda sutilmente maior à média do colesterol LDL (66% ao final do mesmo intervalo de tempo).

Nem mortes, nem eventos adversos foram registrados durante o estudo preliminar, apresentado pela primeira vez no domingo durante a conferência anual do American College of Cardiology (ACC, na sigla em inglês).

O remédio é um anticorpo monoclonal totalmente humano, que inibe a PCSK9, uma proteína que reduz a capacidade do fígado em eliminar o colesterol LDL do sangue.

"Os primeiros estudos demonstraram que o AMG 145 reduz os níveis de PCSK9 no corpo e baixa os níveis de colesterol LDL", afirmou Sean Harper, vice-presidente executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Amgen, em um comunicado.

Mais dados do estudo de fase 2 são aguardados para o fim deste ano.

Encontrar formas alternativas de tratar o colesterol alo é importante para muitos pacientes que não toleram o tratamento com estatinas ou têm dificuldades de reduzir o colesterol o suficiente com mudanças de dieta e as estatinas contemporâneas.

Altas taxas de colesterol LDL são um fator importante para o desenvolvimento de doenças cardíacas e são consideradas um importante problema de saúde pública em todo o mundo.



Fonte: AFP
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