Conheça a metodologia usada para a conversão psicológica em movimentos de discipulado
"Lavagem cerebral" tem se tornado quase um termo familiar nas últimas décadas. Em 1961, Robert J. Lifton escreveu o livro definitivo sobre o assunto, Thought Reform and the Psychology of Totalism (Reforma do Pensamento e a Psicologia do Totalitalitarismo), depois de estudar os efeitos do controle mental sobre os prisioneiros de guerra americanos pelos chineses comunistas. Lifton esboça os oito principais fatores que podem ser usados para identificar se um grupo é uma seita destrutiva ou não. Qualquer religião autoritária poderia ser trazida à luz para determinar quão destrutiva é sua influência sobre seus membros. Julguem por si mesmos.
Controle de Ambiente
As seitas são capazes de controlar o ambiente à volta de seus recrutas de várias maneiras, mas quase sempre usando uma forma de isolamento. Os recrutas podem ser fisicamente separados da sociedade, ou podem ser advertidos sob ameaça de punição a ficar longe do mundo da mídia educativa, especialmente quando ela pode provocar o pensamento crítico. Quaisquer livros, filmes ou testemunhos de ex-membros do grupo, ou mesmo qualquer crítico do grupo devem ser, sob todas as formas, evitados.A informação é cuidadosamente mantida sobre cada recruta pela organização-mãe.Todos são vigiados, a menos que eles fiquem aquém ou muito além do pensamento da organização. Porque parece que a organização sabe tanto sobre tudo e todos, eles acabam parecendo oniscientes aos olhos dos recrutas.
Manipulação Mística
Nas seitas religiosas, Deus está sempre presente nos trabalhos da organização. Se uma pessoa sai da seita por qualquer razão, acidentes ou inimizade que possam acometê-la são sempre atribuídos ao castigo de Deus sobre ela. Pelos fiéis, diz-se que os anjos estão sempre trabalhando, e histórias circulam sobre como Deus está verdadeiramente fazendo coisas maravilhosas entre eles, porque eles são "a verdade." À organização é dada, portanto, uma certa "mística" que é muito fascinante.
Exigência de Pureza
O mundo é descrito como "preto e branco", com pouco espaço para tomar decisões pessoais baseadas numa consciência treinada. A conduta da pessoa é modelada pela ideologia do grupo, conforme ensinada em sua literatura. Pessoas e organizações são pintadas como boas ou más, dependendo de seu relacionamento com a seita. Tendências universais de culpa e vergonha são usadas para controlar indivíduos, mesmo depois que eles saem. Há uma grande dificuldade em entender as complexidades da moralidade humana, uma vez que tudo é polarizado e exageradamente simplificado. Todas as coisas classificadas como más devem ser evitadas, e a pureza é alcançada através da imersão na ideologia da seita.
O método da Confissão
Pecados sérios (conforme definidos pela organização) devem ser confessados imediatamente. Os membros devem ser delatados se forem encontrados andando de forma contrária às regras.
Há freqüentemente uma tendência para se tirar proveito da confissão de auto-degradação. Isso ocorre quando todos têm que confessar seus pecados diante dos outros regularmente, criando um tipo intenso de unidade dentro do grupo. Isso também permite que os líderes exerçam autoridade interna sobre os mais fracos, usando seus "pecados" como um chicote para conduzí-los.
O "Conhecimento Sagrado"
A ideologia da seita se torna a visão moral última para a organização da existência humana. A ideologia é também "sagrada" para ser questionada, e uma reverência pela liderança é exigida. A ideologia da seita faz uma alegação exagerada de possuir uma lógica hermética, fazendo-a parecer absoluta verdade sem contradições. Um sistema tão atraente oferece segurança.
A Criação de uma nova linguagem
Lifton explica o prolixo uso de "chavões que limitam o pensamento", expressões ou palavras que são designadas para encerrar a conversa ou controvérsia. Os chavões são facilmente memorizados e prontamente expressos.Eles são chamados de "linguagem de não-pensamento," uma vez que a discussão é encerrada, não permitindo considerações posteriores. Entre as Testemunhas de Jeová, por exemplo, expressões como "a verdade", a "organização-mãe", o "novo sistema", "apóstatas" e "mundano" carregam com elas um julgamento sobreos de fora, deixando-os indignos de maiores considerações.
Doutrina acima da pessoa
A experiência humana está subordinada à doutrina, não importando quão profundas ou contraditórias tais expressões pareçam. A história da seita é alterada para encaixar-se em sua lógica doutrinária. A pessoa só é valiosa enquanto se conforma com os padrões da seita. As percepções do senso comum são desprezadas se forem hostis à ideologia da seita.
Arbitragem sobre a existência
A seita decide quem tem o "direito" de existir e quem não o tem. Eles decidem que perecerá na batalha final entre o bem e o mal. Os líderes decidem que livros de história são exatos e quais são parciais. Famílias inteiras podem ser excluídas e os de fora podem ser enganados, pois não merecem existir
Fonte: http://www.geocities.com/