Por vezes, aparece no canário evangélico brasileiro alguns movimentos de características eminentemente flutuantes. Nestes dias, o mais novo deles é o G-12, que promove sutilmente um novo estilo de vida cristã, calcado na visão de um sucesso rápido e fácil, e de um crescimento mágico e milagroso da igreja, de Deus recebida pelo líder do G-12, que sonha em ter a maior igreja do mundo, fazendo assim qualquer coisa para alcançar os seus intentos de auto promover-se como líder mundial inter-denominacional, propondo um "novo conceito" religioso com mudanças na liturgia, nos bons costumes, na doutrina sagrada, no conceito real da Igreja de Cristo, na linguagem genuína da pregação do evangelho, na conduta cristã, no comportamento 'ético-esotérico do crente, com uma dose excessiva de estímulos à busca frenética por prosperidade instantânea, libertação auto-suficiente, unção mágica e perfeição absoluta, utilizando-se para tanto de desavisados e inocentes para espalharem suas heresias.
Portanto, para maior esclarecimento, enfocamos alguns pontos desta suposta e milagrosa fórmula de crescimento, com as devidas refutações.
1º - G-12
Ao contrario do que muitos imaginam, o G-12 não é um grupo evangelicamente sério: não trabalha para o bem comum do Evangelho e nem vem para somar com as outras igrejas já existentes. Trata-se de uma organização herética que visa arrebanhar membros de igrejas já constituídas com fins declaradamente financeiros. O exemplo do que estamos falando é a solicitação de donativos de toda e qualquer denominação para a sua obra faraônica intitulada "Canaã aqui na terra", tipificando suas reais intenções. Mais: a prática configura-se numa velha tática de "caça níqueis", visando realizar os seus planos alternativos em nome do Evangelho.
2º - Método
Seu método apóia-se nos pré-encontros, pós-encontros e reencontros como forma de lavagem cerebral, onde são inculcadas idéias supersticiosas com relação ao número 12,numa nítida prática de numerologia, fazendo o número 12 parecer um número da sorte,que abre supostos caminhos para o sucesso e o crescimento instantâneo da igreja, em detrimento de todos os demais números existentes na Bíblia Sagrada, como o 1, 2, 3, 4, 6, 7, 10, 12, 24. Objetiva-se, assim, criar uma expectativa em torno do número 12, Ultrapassando cria-se uma nova célula para chegar ao número 12.Refutação. Biblicamente, o número 12, apesar da sua simbologia no livro do apocalipse, é um número comum como qualquer outro.
3º - Visão
O G-12 apresenta-se ainda como uma nova revelação divina, que supervaloriza a visão dos doze como solução última para a igreja dos dias atuais. A palavra "novo", utilizada ininterruptamente pelo G-12, carrega intenções malignas objetivando desestabilizar igrejas que já existem, como se o G-12 fosse a "última revelação de Deus" para o momento.Pior: os líderes do G-12 dizem que caso as igrejas não participem desta "nova visão", serão substituídas por outras. Neste sentido, o G-12 em nada difere das chamadas seitas proféticas.Refutação. Toda revelação de Deus ao homem já se encontra registrada no Antigo e n Novo Testamento, não nos cabendo acrescentar mais nada (Is 8.20; Ap 22.19).
4º - Unção
Acentuam que somente a pessoa aderindo a nova visão do Evangelho, criada pelo G-12, tem acesso a uma suposta "nova unção" que, na linguagem dos participantes do G-12, é chamada de "tremenda". Alegam ainda que somente esta "unção" pode trazer o sucesso.Refutação. De acordo com a Bíblia, a unção não envelhece nem é substituivel. Isto quer dizer que não existe uma "nova unção" (1Sm 26.9; 1Jo 2.20).
5º - Quebra de maldição
Os encontros exigem das pessoas a confissão de pecados até mesmo cometidos no ventre materno a fim de que quebrem todos os vínculos do passado, bons e maus, até mesmo ministérios e credos, para dar início a uma nova vida. Para isso submetem os participantes a uma oração dirigida chamada "quebra de vínculo".Refutação. Esta prática invalida o texto bíblico que diz que "se alguém está em Cristo é nova criatura: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2Co 5.17)
6º - Libertação e cura interior
Nos pós-encontros ensina-se que o indivíduo deve guardar o ensinamento que teve no pré-encontro. Pois é nessa condição- afirmam- que sua salvação (chamada de cobertura espiritual) está garantida.Segundo eles, a salvação é aquela conquistada pela regressão, quebra de maldição, cura interior, invalidando desta forma o sacrifício perfeito, completo e final do Senhor Jesus no Calvário, criando "novas salvações" com supostas promessas, em nome de Deus, dizendo que agora sim a salvação chegou, levando os cristãos a duvidarem da sua própria salvação em Cristo. Como, por exemplo, o fato de algumas pessoas que participaram do G-12, crentes de muitos anos, asseverarem de público que tudo quanto aprenderam ao longo dos anos nos cultos públicos, nas escolas dominicais, nos seminários bíblicos etc, não era verdade, porque só agora, depois do G-12, encontraram a "verdade".Refutação. Toda e qualquer tentativa de cancelamento de pecados por regressão, quebra de maldição, cura interior como prática de autopatrocinar uma "salvação perfeita", invalida o sacrifício vicário de Jesus Cristo no Calvário (At 3.19); 4.12; Hb 7.27).
7º - Renúncia
A renúncia é pregada nos encontros do G-12 como forma de rejeição aos conceitos, hábitos e costumes da vida cristã que até então se professava. Como na maioria dos casos os participantes dos encontros são compostos de pessoas oriundas das mais variadas confissões religiosas e denominacionais, daí por que o produto final desses encontros gera o enfraquecimento das igrejas de ensino sério e histórico, pelo fato de apresentarem propostas milagrosas e mágicas de crescimento, substituído liturgias e criando nova linguagem de pregação, transformando os cultos de adoração em verdadeiros espetáculos mundanos e antibíblicos.Refutação. Renunciar, à luz da Bíblia, é o ato de deixar, repudiar, abdicar alguma coisa, mas nunca o que é bíblico e sim o que é antibíblico e herético.
8º - Culto de aproximação (ou célula)
O G-12, na sua formação celular, descaracteriza o modelo bíblico de igreja, em alguns pontos, a saber: a) as células não podem passar do número 12; b) as células fazem o recolhimento de ofertas e dízimos; c) as células têm autonomia de batizar os novos cidadãos do grupo, dentro de algumas situações, como: distancia e tempo; d) nas células não há liberdade de pregação livre, pelo fato de o líder estar obrigado a usar a linguagem do seu mentor, que está no manual do G-12.Refutação. Biblicamente, o culto no lar é uma prática antiga, mas o grupo não recebe o título de igreja como na acepção herética do G-12.Do exposto, fazemos nossas as palavras do apostolo João: "Filhinhos, já é a última hora: e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos anticristos, tem surgido, pelo que conhecemos que é a última hora" (1Jo 2.18: 1Jo 2.l7).
Fonte: http://www.avivamento.net/