terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um câncer chamado ciúme


Ele destrói relacionamentos e lentamente destrói o casal. Ambos sofrem amargamente.

O ciúme é agressivo e ameaçador, e assim se torna quem o alimenta em sua alma. Assim como um câncer extingue a vida, o ciúme corrompe a alma e arruína a vida de quem se deixa dominar por ele.Quem sofre com o ciúme doentio de alguém sabe muito bem o que é isso.

O ciumento sempre desconfia de algo. Ele abre correspondências, ouve telefonemas, lê e-mails e mensagens no celular, liga várias vezes para saber onde e com quem a pessoa está. Confere carteiras, agenda, cadernos, bolsos e bolsas. Cheira peças de roupas para ver se encontra algo suspeito. Rasga, sem consentimento, fotos e cartas de relacionamentos passados. Segue o parceiro para ver se o mesmo está tendo um caso. Alguns chegam a contratar um detetive particular.

O ciumento é egoísta. Ele exclui a pessoa do convívio com os outros, inclusive dos familiares. Quer que a pessoa viva por conta dele. Se o parceiro deseja trabalhar fora ou estudar, o ciumento tenta impedir persuadindo ou ameaçando a pessoa.

O ciumento prefere ver o seu parceiro com o aspecto não muito agradável a vê-lo despertando olhares alheios.Segundo informações do site “PsiqueWeb”, “o ciúme é um grande desejo de controle total sobre os sentimentos e comportamentos do companheiro(a). Há ainda preocupações excessivas sobre relacionamentos anteriores, as quais podem ocorrer como pensamentos repetitivos, imagens intrusivas e ruminações sem fim sobre fatos passados e seus detalhes”. De acordo ainda com o site “o ciúme pode se apresentar de formas distintas, tais como idéias obsessivas, idéias prevalentes ou idéias delirantes sobre a infidelidade”, informa.

O ciumento é capaz de colocar a vida do parceiro em risco. Muitos chegam a agredir fisicamente. Como aconteceu com a modelo libanesa, Karine Al Ití, 22 anos. O caso dela chocou o mundo. Atualmente, a modelo vive no Brasil e tenta reconstruir o rosto desfigurado pelo marido – ciumento obsessivo. A tragédia na vida de Karine foi exibida pelo programa dominical Fantástico (13/03/05), da Rede Globo. Segundo o programa, Karine foi queimada numa banheira de água fervendo, pelo marido, Mustafa Berri, que agora está preso numa cadeia em Beirute. Ele é acusado de tentativa de homicídio e pode ser condenado à prisão perpétua. “Fisicamente, ela está deformada. Não tem nada a ver com aquela moça bonita que era modelo”, descreve a psiquiatra Maria Cristina Lombardo ao programa Fantástico.

O amor não arde em ciúmes”

Pertinente observar o que está escrito na primeira carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 13, versículo 4: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes...” Esta última frase é uma resposta aos corações inflados pelo ciúme. No fundo no fundo todo mundo sente ciúme. Só que algumas pessoas conseguem controlá-lo, não permitem que ele se transforme em fogo devastador. É o chamado ‘ciúme normal’, aquele que zela pela pessoa quista. Outras, no entanto, são violentas, provocam escândalos, têm comportamentos compulsivos – considerados pela psiquiatria como doença. Este tipo de ciúme acaba com qualquer relacionamento, pois o ciúme acende o fogo da destruição, mas o verdadeiro amor pode apagá-lo.

O ciúme é um dos sentimentos que mais atrapalha as relações humanas. Não é sem motivo que o francês Michel Montaigne disse que “o ciúme é, dentre todas as doenças do espírito, aquela à qual mais coisas servem de alimentos, e, nenhuma de remédios”.

O ciúme alimenta a desconfiança, traz discórdias e sofrimento. Existem pessoas que não usufruem o melhor do relacionamento, pois passam o tempo todo sofrendo, sempre pensando no pior; imaginando se está sendo traído ou não.Muitas pessoas acreditam que o ciúme é prova de amor. Só que existem outras formas de se mostrar amor! O zelo, por exemplo, é uma delas. Zelar é, em primeiro lugar, gostar e confiar em si mesmo. É cuidar da própria vida, não deixando que o ciúme ultrapasse os limites do bom senso, se tornando uma doença que destrói o corpo, a alma e o espírito. É zelar para que Deus seja o pilar de sustentação do relacionamento de modo a confiar em si e na pessoa amada.

A insegurança e a desconfiança, provocados pelo ciúme, tenderão a aumentar a cada dia. Procurar ajuda, já é um grande passo na luta contra esse mal que ameaça constantemente os relacionamentos.
Fonte: http://www.topgospel.com.br/