quarta-feira, 7 de março de 2012

Deus e as mulheres

Se voltarmos no tempo, não muito distante de hoje, ao Israel antigo; vamos ter uma ideia clara de como as mulheres eram vistas antes de Jesus. Os judeus tinham uma visão depreciativa sobre a mulher. Na verdade, desde a queda da humanidade, as mulheres têm sido consideradas pessoas de segunda classe - inferiores aos homens.

As mulheres judias não estavam autorizadas a receberem uma educação adequada. Elas eram analfabetas na sua grande maioria, muitas viviam sem conhecimentos escolares básicos. Suas atividades se resumiam apenas nos afazeres domésticos e na criação dos filhos.

O “dono” da mulher era o seu pai, e era ele quem decidia com quem e quando ela iria se casar. Depois de casada, a mulher passava ser propriedade do seu marido, ela não tinha voz no seu casamento. A mulher não poderia se divorciar de seu marido sob qualquer condição, somente um homem poderia iniciar o divórcio.

Para sair de casa, a mulher judia precisava da autorização do seu pai ou do seu marido, e na rua os homens não deveriam falar com ela em público. Foi até criada uma pena no antigo Israel para punir o homem que conversava com uma mulher em público. Consequentemente, a maioria das mulheres saia pouquíssimo de casa.

Muitos homens da época tratavam suas mulheres como “propriedade”, dando a elas a mesma importância que o gado e os escravos. Eles chegavam agradecer a Deus por terem nascido Judeus, mas por não terem nascido mulher.

Esta era a visão que os homens tinham das mulheres no primeiro século em Israel, mas não pense que era apenas lá, essa visão não era muito melhor em outras culturas. No entanto aconteceu algo que mudou tudo isso.

A MUDANÇA

Essa era a visão que a sociedade machista e autoritária tinha da mulher, mas Deus nunca pensou assim.

Em Jesus Cristo encontramos a visão real de Deus sobre a mulher, não a visão do homem, da religião ou de alguns povos. Mas a visão de Deus. Jesus personifica todas as opiniões de Deus. Ele era a expressão visível de Deus em todas as suas ações e suas palavras, e a opinião de Cristo sobre a mulher era totalmente contrária à opinião dominante dos seus dias.

Quando Deus decidiu entrar na terra ele escolheu uma mulher para dar à luz. A vida de Deus foi primeiramente colocada no útero de uma mulher, muito antes de chegar para você, para mim e para o mundo inteiro ele chegou para uma mulher. E Deus se alegrou com isso.

Quando Jesus falava, ele acabava com todas as convenções sociais que foram lançadas contra as mulheres. Em uma ocasião, ele se levantou em defesa de uma mulher apanhada em adultério. Ele tornou-se seu advogado perante todos os homens que a acusavam e salvou sua vida com uma atitude de perdão e amor. E Deus se alegrou com isso.

Jesus estava entre as prostitutas e os cobradores de impostos, com quem os religiosos não queriam estar. Cristo falava em público com as mulheres; mas não apenas com mulheres comuns, ele falava com mulheres divorciadas, adúlteras, prostitutas que viviam ativamente na prática da prostituição. Jesus falava inclusive com mulheres samaritanas consideradas uma “meia-raça” pelos judeus. A mulher samaritana era uma pessoa com a qual os judeus foram orientados para nunca falarem, mas Jesus conversava com elas e com todas as outras. E Deus se alegrava com isso.

Poucos profetas e religiosos usavam mulheres em suas histórias, quando falavam de uma mulher era para mostrar algum pecado ou impureza, mas Jesus tinha o costume de usar as mulheres em suas parábolas e torná-las heroínas. Ele falou sobre a mulher que procurou e encontrou sua moeda perdida. Contou também sobre uma mulher que estava na presença do juiz iníquo que honrou-a por sua persistência. Jesus falou da viúva, que deu pouco dinheiro no templo, mas deu de coração. E Deus se alegrava com isso.

Certa vez, Jesus foi jantar com um fariseu e entrou uma mulher, mas esta não era apenas uma mulher qualquer, ela era uma prostituta. Ao ver Jesus ela caiu de joelhos e fez algo incrível. Na presença de fariseus, esta mulher derramou perfume caro sobre os pés de Jesus. Uma mulher impura tocando em Jesus Cristo em público. Mas ela sabia que não iria ser julgada por ser mulher, pois estava na presença de Deus; chorou e lavou os pés de Cristo enxugando-os depois com os seus próprios cabelos, um ato escandaloso e impróprio para as pessoas daquela época. Naquele momento, os líderes religiosos perderam todo o respeito por Jesus e duvidaram que ele fosse um verdadeiro profeta. E Deus se alegrava com isso.

Mas não ache que isso é tudo, Jesus permitiu que uma mulher impura tocasse a sua roupa e ele não ficou ofendido ou envergonhado com isso. Na verdade, ele elogiou-a por isso. Ele também deu a uma mulher cananéia um dos maiores elogios que alguém poderia receber e curou a sua filha. E Deus se alegrava com isso.

Nas últimas horas do Senhor Jesus na terra, ele ficou em uma pequena vila chamada Betânia. Era lá que iria passar seus últimos dias antes do Calvário. Em Betânia, duas mulheres a quem Jesus amava estiveram com ele: Marta e Maria. Elas eram suas amigas pessoais, mesmo que os outros falassem que um homem não poderia ter amizade de uma mulher, Jesus não se importava com isso, as mulheres sempre estiveram ao lado dele em todos os momentos. E Deus se alegrava com isso.

Nos evangelhos percebemos a referência aos doze apóstolos que viviam com Jesus por toda parte. Mas Cristo também tinha um grupo de discípulos do sexo feminino, mulheres que o seguiam por onde quer fosse e atendiam as suas necessidades. Eram elas que cuidavam dele e apoiavam financeiramente o seu ministério. As mulheres foram simplesmente indispensáveis para o ministério e a vida de Cristo. E Deus se alegrava com isso.

Quando Jesus Cristo foi levado para morrer, os doze apóstolos fugiram, mas as mulheres ficaram com ele até o fim. Elas não o deixam, seguiram Jesus do nascimento ao Calvário. E Deus se alegrava com isso.

Depois de sua morte, foi uma mulher que o visitou pela primeira vez. Mais um sinal do quanto as mulheres são preciosas para Deus. Enquanto os homens se afastaram, alguns pensando até que estaria tudo terminado, as mulheres mantiveram a sua fé. Mesmo após a morte de Cristo, elas ainda estavam seguindo-o, cuidando de Jesus.

E quando Jesus ressuscitou dos mortos, os primeiros olhos que foram lançados sobre ele foram os olhos das mulheres. E foi para elas que Deus deu o privilégio de anunciar ressurreição de Cristo para todos, mesmo que o depoimento de uma mulher na época não pudesse se sustentar em juízo, mesmo assim Deus confiou a elas essa missão, porque para Deus as mulheres são preciosas. E Deus se alegrou com isso.

E como se tudo isso não bastasse para Deus, ele foi além; resolveu chamar a sua igreja de “noiva”, sua mulher, sua vida. E Deus se alegra com isso.

Queridos homens, honrem suas irmãs no Reino de Deus. Porque Deus as honra. Lindas irmãs, vocês são co-herdeiras do Reino de Deus conosco. E Deus se alegra com isso.


Fonte: Sóli Limberger em Buscai o Reino
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